(ANSA) – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quarta-feira, dia 20, que o governo implementará estado de emergência no país, que terá ao menos três meses de vigência, após uma tentativa fracassada de golpe de Estado na semana passada.
“Não se trata de uma decisão contrária à democracia. Ao contrário, serve para garanti-la”, acrescentou, em pronunciamento em cadeia nacional. Segundo o líder, a medida é “necessária para erradicar rapidamente todos os elementos da organização terrorista implicada na tentativa de golpe de Estado”.
Na noite da última sexta-feira, dia 15, várias facções do Exército turco tentaram um golpe de Estado contra o governo de Erdogan. A tentativa foi fracassada e terminou com mais de 9 mil pessoas presas, centenas de mortos e milhares de feridos. Além disso, cerca de 60 mil soldados, policiais, juízes, funcionários públicos e professores foram suspensos por suposta ligação à tentativa de golpe.
Há temores de que a tentativa de golpe no país sirva como combustível para Erdogan acelerar seu processo de concentração de Poder e de repressão a adversários.
Seu grande objetivo é transformar a Turquia em uma república presidencialista — hoje ela é parlamentarista. Além disso, seu governo teocrático é acusado de perseguição e censura por muitos. Em seu pronunciamento, Erdogan disse que os europeus “não têm o direito de fazer críticas”.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.