Em audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social, Fiscalização Financeira e Controle e Defesa do Consumidor realizada na última quarta-feira (13), o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, garantiu a continuação do Programa Mais Médicos. Atualmente, mais de dois mil municípios são atendidos apenas por médicos do programa.
Durante o debate, o ministro Ricardo Barros também falou sobre as medidas que serão prioridades durante sua gestão. Uma delas é a informatização de todo o sistema atual. Na visão de Barros, além de trazer maior agilidade, ainda pode permitir maior controle sobre possíveis desvios de gastos públicos. Segundo o ministro, a situação financeira do Brasil é um dos motivos para que, até o momento, não esteja programado nenhum aumento do orçamento para este ano.
“Eu estou priorizando, neste momento, a eficiência do serviço público, que é uma tarefa que nós podemos implementar desde já, sem aguardar que haja maiores disponibilidades de recursos. São necessários na saúde, mas evidentemente, em um déficit de R$ 170 bilhões anuais, não é de se esperar maiores valores de financiamento. Então vamos agir naquilo que nós podemos fazer neste momento e depois vamos buscar, sim, mais recursos para a saúde, quando houver ambiente propício.”
Para o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), a postura do ministro é correta: “Um governo novo sempre tem alternativas novas para enfrentar os problemas. Tenho muita segurança pra dizer que nós tivemos exageros de gastos públicos ao longo dos últimos anos, sem reponsabilidade fiscal, sem a responsabilidade de ter o dinheiro bem empregado; então acho que tem um bom espaço para o ministro trabalhar isso. Se ele der uma boa arrumada na casa e fizer mais com o mesmo dinheiro, será um grande avanço”.
Plano de Saúde popular
Durante o debate, o ministro voltou a citar uma proposta divulgada pela Pasta na semana passada: o apoio à criação de planos de saúde mais populares. Para Barros, esta medida pode auxiliar na melhora do atendimento do serviço público.
Um dos autores do requerimento para realização do debate, deputado Jorge Solla (PT-BA), espera que haja mais investimento na saúde pública ainda este ano: “Primeira coisa que eu espero do ministro da Saúde no Brasil, e que todos os anteriores fizeram, é identificar o subfinanciamento, identificar a necessidade de mais recursos e trabalhar para que o governo federal aporte uma ampliação orçamentária”.
As informações são da Agência Câmara Notícias
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.