(ANSA) – Um tribunal federal de Buenos Aires concluiu nesta sexta-feira (27) um processo contra 16 argentinos e um uruguaio acusados de integrarem a Operação Condor, estratégia político-militar conjunta das ditaduras dos países do Cone Sul para sequestrar e exterminar dissidentes nos anos 1970 e 1980.
Entre os condenados estão Reynaldo Bignone (20 anos de prisão), último ditador da Argentina, o general Santiago Riveros (25 anos) e o coronel uruguaio Manuel Cordero (25 anos), extraditado em 2007 pelo Brasil. É a primeira vez que um país sentencia ações cometidas pelo Plano Condor e o reconhece como uma “associação ilícita transnacional” que cometeu crimes de lesa-humanidade contra mais de 100 pessoas.
A sentença foi emitida 13 anos após o início do inquérito, que no começo tinha 32 acusados. Contudo, apenas 17 chegaram ao momento da leitura do veredicto. O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, por exemplo, também estava entre os réus, mas faleceu em 2013. Outras 10 pessoas não puderam participar do julgamento por motivos de saúde.
Todos os 17 acusados se encontram em regime de prisão domiciliar por conta da idade avançada e foram condenados pelo sequestro e assassinato de 105 indivíduos, sendo 45 uruguaios, 22 chilenos, 14 argentinos, 13 paraguaios e 11 bolivianos.
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