No hospital Drº José Pedro Bezerra, também conhecido como hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, as gazes que deveriam ser utilizadas nos atendimentos aos pacientes também estão sendo usadas de forma improvisada por funcionários e internos na falta de papel higiênico. O problema foi constatado em vistoria técnica realizada por representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) nessa última semana.
Além disso, o segundo maior pronto-socorro da capital (referência em ginecologia, obstetrícia e neonatologia de alto risco), mas que também recebe urgências de clinica médica e realiza cirurgias em geral, enfrenta um velho aperto das unidades de saúde do estado: a superlotação.
Segundo dados da direção do hospital, o Santa Catarina possui 52 leitos na clínica geral, 26 na clínica cirúrgica, 63 na obstetrícia cirúrgica, 24 na obstetrícia clínica, 10 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulto e 20 na neonatal.
Mesmo com esta capacidade razoável para atendimento os corredores estavam abarrotados de macas e muitos pacientes aguardavam atendimentos até mesmo em cadeiras plásticas.
E os problemas não se limitam apenas aos pacientes. Os médicos e enfermeiros também sofrem com alojamentos precários. Camas com colchoes deteriorados, paredes mofadas, armários quebrados e os equipamentos de televisão, ar condicionado, geladeira e fogão que existem, foram adquiridos através de dinheiro dos próprios funcionários.
“Mesmo acostumado com as deficiências do sistema de saúde pública no Brasil estou profundamente surpreso com a grave situação dos hospitais do Rio Grande do Norte”, declarou o presidente do Sinmed/RN, Geraldo Ferreira.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.