O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que mais de 900 milhões de pessoas, 4,5 vezes a população do Brasil, vivem em condições de extrema pobreza no mundo.
A declaração de Ban foi feita para marcar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, este sábado, 17 de outubro. O tema da campanha deste ano é: “Construindo um Futuro Sustentável: Juntos para Acabar com a Pobreza e a Discriminação”.
Agenda 2030
O chefe da ONU afirmou que a comemoração coincide com o momento em que o mundo embarca numa nova jornada em direção a um futuro de dignidade para todos e guiado pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
O foco, segundo Ban, deve estar na necessidade da comunidade internacional dar maior atenção às pessoas excluídas ou marginalizadas da sociedade.
O secretário-geral disse que impulsionado pela mobilização global por trás dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o mundo alcançou um progresso extraordinário na redução da pobreza.
Ele declarou que nos últimos 25 anos, mais de 1 bilhão de pessoas saíram da linha de pobreza, mesmo assim, Ban adverte que a mudança climática, conflitos violentos e outros desastres ameaçam reverter muitos dos ganhos alcançados até agora.
Compromisso
O chefe das Nações Unidas explicou que os líderes mundiais assumiram um compromisso para acabar com a pobreza com a adoção da Agenda 2030. Para atingir essa meta, Ban disse que é preciso lidar com a discriminação, em todas as suas formas.
Ele declarou que “não deixar ninguém para trás” significa pôr um fim à discriminação e aos abusos contra metade da humanidade: as mulheres e meninas.
Ban citou ainda o combate à discriminação contra minorias, migrantes e outros. O secretário-geral explicou que a Agenda 2030 surgiu do processo mais inclusivo na história das Nações Unidas. Os Estados-membros, milhões de jovens e milhares de organizações não-governamentais e o setor privado, entre outros, participaram das negociações.
Ban afirmou que “esta pode ser a primeira geração a testemunhar um mundo sem pobreza extrema, onde todas as pessoas, não apenas os poderosos e privilegiados, possam participar e contribuir igualmente, livres de qualquer tipo de discriminação.
Rádio ONU
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