O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou, nessa terça-feira (26), o quadro de vagas para o ingresso em 2025, trazendo novidades significativas no âmbito da educação superior.
A instituição anunciou a criação de novos cursos de graduação, incluindo o esperado Bacharelado em Inteligência Artificial, que será ofertado no campus Natal. Além disso, a UFRN confirmou um aumento no número total de vagas, que chega a 7.886, distribuídas entre diversas modalidades.
Para 2025, a UFRN disponibilizará 7.241 vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sendo 4.952 para o primeiro semestre e 2.289 para o segundo. Esse número representa um acréscimo de 55 vagas em relação ao ano anterior. Além das vagas via Sisu, serão ofertadas 166 vagas para processos seletivos específicos (PSE) e 479 para reingresso específico.
Entre os destaques estão os três novos cursos aprovados pelo Consepe: Engenharia de Energia, no campus Natal, Engenharia de Computação, no campus Caicó, e o curso de Inteligência Artificial, que terá 40 vagas exclusivas para reingresso específico no campus Natal. A criação desses cursos reflete a estratégia da UFRN em atender demandas regionais e nacionais em áreas tecnológicas e estratégicas.
Inteligência Artificial no Instituto Metrópole Digital
O curso de Bacharelado em Inteligência Artificial será vinculado ao Instituto Metrópole Digital (IMD) e terá como público-alvo alunos oriundos do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI). De acordo com o projeto pedagógico, o objetivo é formar profissionais capacitados a desenvolver soluções baseadas em técnicas avançadas de IA, com aplicação prática em setores variados.
“O curso visa formar profissionais capazes de desenvolver soluções inovadoras e eficientes, utilizando técnicas e ferramentas de IA para resolver problemas complexos em diversos domínios”, afirma o documento que embasa a criação da graduação.
Expansão no interior: Engenharia de Computação
Outro destaque da UFRN para 2025 é o novo curso de Engenharia de Computação, no campus Caicó, vinculado ao Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres). Com 40 vagas previstas via Sisu, a graduação buscará formar engenheiros capazes de lidar com projetos que integram hardware e software, abordando desde questões regionais até demandas globais.
O diretor do Ceres, Diego Salomão, enfatizou a importância desse curso para a interiorização e expansão da universidade. “Essa criação ocorre aproveitando o corpo docente e a estrutura física já existentes no Ceres, fato imprescindível para a expansão da universidade no contexto econômico e político atual do país e do mundo”, destacou.
A proposta será encaminhada ao Ministério da Educação (MEC) para aprovação final, após validação do projeto pedagógico.
Engenharia de Energia: foco em matriz renovável
Já o curso de Engenharia de Energia, vinculado ao Centro de Tecnologia (CT), trará ênfases em petróleo e energias renováveis. A graduação pretende formar profissionais aptos a atuar tanto na exploração de petróleo quanto na produção, armazenamento e distribuição de energias renováveis.
Segundo a proposta, o curso é uma resposta à necessidade de diversificar a matriz energética nacional. “A criação visa contribuir com a ampliação e fortalecimento das energias renováveis e dos biocombustíveis”, destaca o documento do projeto pedagógico.
Além da aprovação dos novos cursos, o Consepe definiu os pesos e notas mínimas para os processos seletivos de 2025, ajustados conforme a área de cada graduação. No entanto, a bonificação regional foi descartada para o próximo ano, seguindo decisões recentes do Supremo Tribunal Federal.
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