“Se aquilo que você entende como ansiedade te limita a cumprir as tarefas do dia a dia, então você deve procurar ajuda de um profissional”. Com essa definição, o responsável pelo Serviço de Psicologia Integrada (SIP) da Universidade Potiguar (UnP), Anderson Andrade, inicia sua análise sobre a ansiedade, suas causas e consequências.
Em recente mapeamento global de transtornos mentais realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi constatado que o Brasil lidera o ranking dos países com mais pessoas ansiosas. O estudo apresentou o índice de 9,3% da população brasileira com quadro de ansiedade patológica, com Paraguai em segundo lugar (7,6%) e Noruega em terceiro (7,4%). Insônia e perda das habilidades sociais podem ser indícios de que algo não vai bem.
Apesar da grande prevalência de diagnósticos de ansiedade no Brasil, Anderson alerta para a necessidade de buscar acompanhamento médico e psicológico para tratar os sintomas do transtorno.
As causas da ansiedade são diversas e cada pessoa tem o processo de ansiedade desencadeado por um motivo específico. Desemprego, dívidas, estresse, pressão para a conclusão de algo ou até mesmo a realização de um sonho podem afetar a saúde mental de uma pessoa. Além disso, o uso de telas é outro fator que contribui para o aumento da ansiedade. Um estudo publicado no Canadian Journal of Psychiatry comprovou a relação do maior tempo nas redes sociais e na internet em geral com maiores níveis de ansiedade.
Com formas distintas de se apresentar, os transtornos de ansiedade se diferem entre si levando em consideração comportamentos, situações e indivíduos. Por exemplo, nas crianças, a ansiedade pela separação é um tipo bastante comum de transtorno e que manifesta comportamentos específicos.
No entanto, é importante lembrar que a ansiedade é uma condição médica que requer atenção e tratamento adequados, e não deve ser negligenciada ou tratada apenas com medidas não profissionais. Se a ansiedade está afetando a capacidade de uma pessoa cumprir as tarefas do dia a dia, é recomendável procurar ajuda de um profissional.
É fundamental que os sintomas sejam diagnosticados e tratados por profissionais capacitados. Cada indivíduo é único e pode ter suas próprias causas e sintomas de ansiedade. Além disso, existem vários tipos de transtornos de ansiedade, que se manifestam de formas diferentes e podem exigir tratamentos específicos.
Hábitos como o uso excessivo de telas também podem contribuir para o aumento da ansiedade. No entanto, medidas preventivas genéricas podem não ser eficazes para todos, e é sempre melhor contar com ajuda especializada para lidar com a ansiedade. O ideal é contar com ajuda especializada e tratamentos específicos para cada caso.
Por envolver um grande conjunto de fatores, não há uma receita pronta para evitar que se desenvolva um transtorno. “Cada indivíduo carrega consigo inúmeras particularidades, e isso por si só já é algo que torna muito difícil falar em medidas para evitar a ansiedade”, alerta o psicólogo. “Quando se cria uma lista de hábitos ou medidas para esse combate e o indivíduo não consegue cumpri-la, aí já se cria um fator ansiogênico. O ideal é contar com ajuda especializada”, recomenda Anderson.
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