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Um em cada três trabalhadores brasileiros sofre com a síndrome de Burnout

No mundo, esse número é ainda maior e isso fez com que a OMS reconhecesse a síndrome como uma doença do trabalho

O conceito de “Trabalho e Dedicação” é constantemente disseminado pelas pessoas e dedicar-se ao máximo pode até parecer uma virtude. Mas em alguns casos, uma sobrecarga tem o potencial de ser um estopim que dará origem a uma série de problemas e desconfortos. A síndrome de burnout, por exemplo, é um transtorno causado pelo esgotamento mental e profissional, e está diretamente relacionada à rotina intensa de trabalho.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Pebmed, um em cada três trabalhadores brasileiros sofrem com o burnout, afetando mais de 30 milhões de pessoas no Brasil. No mundo, esse número é ainda maior e isso fez com que a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhecesse a síndrome como uma doença do trabalho.

Para Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), ansiedade pode ser uma pequena demonstração da síndrome de burnout. “Quando temos muitas coisas para fazer e, ao invés de fazê-las, ficamos protelando algumas atividades que não gostamos de executar, acontece um acúmulo de tarefas que causam ansiedade e estresse, e o excesso desses problemas pode resultar na síndrome de burnout”, relata.

Dados apontam que o Brasil foi, alguns anos atrás, o país mais ansioso do mundo, com quase 10% das pessoas sofrendo de ansiedade. “O medo de não conseguir lidar com todas as tarefas do trabalho ou do dia a dia está diretamente relacionado a esses números, e praticamente todo trabalhador tem essa sensação em determinado momento. Alguns mais, outros menos”, revela o palestrante.

Slivnik acredita que a tecnologia e o acesso à informação são parte da razão por trás desses números. “O conceito de FOMO (fear of missing out), no qual as pessoas precisam estar sempre conectadas e não conseguem deixar de ver uma notícia ou mensagem se tornou um grande problema. Alguns não podem esperar sequer 30 minutos para responder às pessoas no WhatsApp, por exemplo, e isso causa ainda mais ansiedade, prejudica a produtividade e, consequentemente, facilita para que as pessoas tenham burnout”, pontua.

De acordo com o palestrante, o modelo de pagamento mensal adotado no Brasil pode atrapalhar a eficiência dos trabalhadores. “Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas empresas pagam por hora trabalhada. Se você trabalha por hora, é preciso ser produtivo durante aquele período de trabalho e, obviamente, o foco acaba sendo maior naquele momento”, declara.

Para o vice-presidente da ABTD, muitas pessoas, sim, sofrem burnout por trabalhar em excesso. Mas outras desenvolvem o problema por não saberem gerenciar o trabalho e as atividades de forma correta. “A solução é categorizar as suas tarefas utilizando tags para as principais tarefas, diferenciando as prioridades daquelas atividades que podem esperar um tempo para serem realizadas, mitigando as chances de acúmulo e diminuindo essa sensação de esgotamento no trabalho”, ensina.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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