O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar neste domingo, 15 de maio, a política de preços da Petrobras e deixou a porta aberta para uma mudança de comando no estatal, mas descartou o tabelamento dos preços do diesel e da gasolina.
Apesar de dizer que “não vai interferir” na companhia, o presidente voltou a dizer que “a margem de lucro da Petrobras é um estupro e pode quebrar o Brasil”.
“O que eu acho que Petrobras poderia fazer, tem um artigo constitucional que fala da finalidade social da Petrobras. Não está sendo levado em conta. A paridade internacional só existe no Brasil“, afirmou.
“O PPI não é uma lei, é uma resolução do Conselho [de Administração da Petrobras]. Se o Conselho achar que tem de mudar, muda, mas população como um todo não pode sofrer essa barbaridade porque atrelado ao preço do combustível está a inflação e poder aquisitivo da população está lá embaixo”, acrescentou o presidente, segundo a Folhapress.
A sigla PPI citada por Bolsonaro se refere ao “Preço de Paridade de Importação”, política de preços adotada na estatal a partir do governo de Michel Temer que atrela o preço de venda do petróleo produzido pela Petrobras ao praticado no exterior.
Troca no comando da estatal
Questionado por duas vezes se vai mudar o comando da Petrobras após os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, Bolsonaro respondeu: “Pergunta pro Sachsida. Ele é o ministro de Minas e Energia e trata disso.” Segundo o presidente, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, tem “carta branca” para decidir se o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que está há menos de um mês no cargo, permanecerá ou não na posição.
Na quarta-feira (11), Bolsonaro decidiu demitir o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e pôs em seu lugar Sachsida, que era assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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