Os professores da rede estadual do Rio Grande do Norte recusaram nesta segunda-feira, dia 14 de fevereiro, a nova proposta do governo em relação ao piso salarial do magistério e decidiram, após assembleia unificada, deflagrar greve da categoria de forma imediata.
A greve acontece exatamente no mesmo dia em que as aulas da rede estadual retornaram. O indicativo de greve havia sido aprovado no dia 2 de fevereiro.
Desde o início do mês de fevereiro, quando o governo federal oficializou o reajuste do piso salarial dos professores da rede básica em 33,24%, governo do RN e professores têm feito rodadas de negociação para o pagamento do valor, mas não chegaram a nenhum acordo.
Os professores buscam o pagamento do reajuste integral e perspectiva de retroativo, enquanto alegam que o governo não consegue garantir isso.
Sem acordo, nesta segunda, uma assembleia virtual do Sindicato do Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), que contou com mais de 1 mil professores, decidiu deflagrar a greve com 90% dos votos.
“A greve foi deflagrada hoje [segunda]. A partir de agora a rede vai se organizar para greve, temos que conversar com as comunidades escolares. Os professores vão conversar com os pais, explicar a situação, os alunos também, o processo de mobilização. E aí nós estamos na definição de uma nova assembleia pra dar continuidade as discussões“, explicou o coordenador geral do Sinte, Bruno Vital.
Professores já comunicaram aos alunos do turno noturno nesta segunda que as aulas não aconteceriam.
Nova proposta do governo
Em nova rodada de negociação, o governo propôs um escalonamento. Quanto ao piso, aplicar os 33% a partir de janeiro para quem recebe menos que o valor de R$ 3.845,63 proporcional a 30h (cerca de 8 mil servidores).
Em relação ao percentual para aqueles que não foram contemplados com o piso, seria aplicado para ativos inativos e pensionistas, da seguinte forma: para os servidores que recebem valor inferior a R$ 3.843,63 serão aplicados percentuais que variam até 33,24%, de forma a garantir o piso a partir de janeiro deste ano. E, em março, 13% para todos que não receberam aumento em janeiro de 2022. Em dezembro, o complemento dos 33,24%. E, parcela variável entre 0% e 17,91%, a depender da parcela recebida em janeiro ou março. Algo que foi rejeitado pela categoria.
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