O verão começa oficialmente nesta sexta-feira, 21 de dezembro de 2018, a partir das 19h23. Normalmente é a estação mais quente do ano, com temperaturas máximas atingindo em média 31ºC a 32ºC na capital, e ultrapassando 36ºC no interior, em cidades com Pau dos Ferros, Mossoró, Caicó entre outras. Devido a vários fatores inseridos pelo homem, como impermeabilização do solo, verticalização da cidade e retirada da vegetação, tem transformado a Grande Natal em uma ilha de calor.
De acordo como meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, “a temperatura mínima apresentava na décadas de 1970 e 1980 valores em torno de 22ºC, hoje dificilmente observa-se valores menores do que 24ºC. Com isso pode-se dizer que Natal está mais quente, não porque aumentou a temperatura máxima, mas sim porque a mínima está pelo menos 2ºC acima do normal”.
E para o verão que está chegando, a tendência é que as temperaturas fiquem um pouco acima do normal, pois a estação se inicia sob os efeitos do Fenômeno El NiÑO (águas mais aquecidas no Oceano Pacífico Equatorial). Essa condição presente, causa a formação de uma massa de ar quente sobre a região Nordeste, diminuído a circulação dos ventos e impedindo a formação de chuvas. Outra condição que irá contribuir para uma sensação térmica de mais calor, é uma maior concentração de umidade ao longo da faixa litorânea do Nordeste, uma vez que as águas superficiais do Oceano Atlântico estão e devem permanecer mais aquecidas nos próximos meses, liberando mais umidade para atmosfera e como os ventos deverão estar mais fracos, essa umidade permanecerá sobre a região contribuindo para o aumento da sensação térmica.
No interior, quente por natureza do clima semiárido as condições não deverão apresentar mudanças significativas nas temperaturas máximas e mínimas, devendo ter um comportamento próximo da normalidade, muito quente durante o dia e condições mais amenas durante a noite.
Previsão Climática para os próximos meses
Nos meses que compõem o verão (dezembro, janeiro e fevereiro), ocorrem as chuvas da pré-estação chuvosa, que derivam da presença de sistemas meteorológicos transientes (frentes frias e vórtices ciclônicos de ar superior). “Esses sistemas são de difícil previsibilidade e dificulta estabelecer um comportamento para a chuva nesse período, mas normalmente em Natal temos valores médios de 15,5mm para dezembro; 35,6mm para janeiro e 90,0mm para fevereiro”.
No interior, as chuvas médias para esse período variam muito de acordo com a região, por influência do relevo. Normalmente os valores de chuva apresenta valores baixos em dezembro (variando de 10mm a 15mm), média já ultrapassada em muitos municípios potiguares neste dezembro de 2018. Para janeiro, os valores variam entre 20,0mm a 70mm, aumentando um pouco em fevereiro para valores médios variando entre 50mm a 110mm. Para a estação que se inicia agora, segundo Gilmar Bristot, é esperado que tenhamos ocorrência de chuvas próximo da normalidade, não descartando a ocorrência de veranicos (períodos superiores a 10 dias sem chuva), e ocorrência de chuvas intensas ocasionadas por vórtices ciclônicos de ar superior, comuns de atuarem nessa época.
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