O presidente Jair Bolsonaro voltou a tocar no assunto do auxílio emergencial nesta quinta-feira (10/09) durante live nas redes sociais. Além de afirmar que não prorrogará mais a medida após o final de 2020, Bolsonaro pediu que a população agora “peça o auxílio” para governadores e prefeitos, que adotaram o isolamento e medidas de restrição.
“Se não trabalhar, não come, não é isso? A gente lamenta, eram três meses, nós prorrogamos para mais dois, cinco meses, e agora acabou. Criamos um outro auxílio emergencial, não mais de R$ 600, mas de R$ 300. Não é porque quero pagar menos não. É porque o Brasil não tem como se endividar mais. Não vai ter uma nova prorrogação porque o endividamento cresce muito, o Brasil perde muito, perde confiança, juros podem crescer, pode voltar a inflação. E a gente , eu não quero culpar ninguém não, mas vão pedir auxílio para quem tirou seu emprego, para quem falou “fique em casa”. O Brasil todo parou. “Fique em casa, a economia a gente vê depois”. Chegou o boleto para pagar a conta aí”, disse.
Bolsonaro também comentou sobre o Renda Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família. Uma das opções da equipe econômica era extinguir o seguro-defeso, mas o presidente rejeitou a ideia.
“A questão do Renda Brasil, as pessoas dão ideias, [mas] quem decide na ponta da linha em um programa como esse é o Paulo Guedes e eu, e algumas ideias chegam e são absurdas”.
O governo ainda não sabe de onde virá a verba para custeio das mensalidades.
No último mês, Bolsonaro pediu a suspensão do anúncio da medida porque segundo ele, “não poderia tirar dos pobres para dar a paupérrimos”. Bolsonaro disse que ouviu propostas de utilizar o abono salarial de trabalhadores como uma das fontes para bancar o programa, mas refutou a ideia e afirmou que não levaria essa discussão ao Congresso. Por isso, deu um prazo maior para que Guedes apresente novas propostas de fontes de recursos.
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Tem de onde tirar, sim. A dívida bilionária das igrejas que foi perdoada pelo governo.