A vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 criada pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca conseguiu induzir a uma resposta imune em todas as faixas etárias da fase 2 de testes, informou nesta quinta-feira (19) um estudo publicano na revista científica “The Lancet”.
A fase intermediária de testes da ChAdOx1 nCoV-19 foi realizada com 560 adultos saudáveis e que foram divididos em três grupos: 160 voluntários de 18 a 55 anos; 160 voluntários de 56 a 69 anos e 240 idosos acima de 70 anos.
Dentro dessas três divisões, as pessoas foram ainda divididas em outros subgrupos que receberam dosagens diferentes da vacina: um recebeu uma dosagem baixa, outro a padrão e um grupo recebeu placebo. Na faixa entre os participantes acima dos 55 anos, ainda houve mais uma divisão: parte deles recebeu uma dose da vacina e a outra recebeu duas doses com uma distância de 28 dias entre elas.
As reações adversas foram consideradas leves, como dor no corpo e dor no local da aplicação, fadiga, dor de cabeça e dores de cabeça. Em seis meses da aplicação da primeira dose, foram registradas 13 reações adversas graves, mas nenhuma relacionada à imunização em si. Outra boa notícia do estudo é que os efeitos colaterais foram menos frequentes nos idosos.
Conforme a publicação da “The Lancet”, a resposta imunológica dos anticorpos específicos contra o vírus que provoca a Covid-19 foram produzidas 28 dias após a primeira dose em todas as faixas etárias, e com a segunda dose, eles aumentaram no 56º dia.
Andamento similar aos anticorpos neutralizantes: duas semanas após a primeira dose, 208 em 209 voluntários os desenvolveram. Esse tipo de mecanismo impede que o Sars-CoV-2 se ligue à coroa que reveste o vírus e, consequentemente, que ela se conecte às células humanas para fazer a sua infecção e reprodução.
A eficácia da ChAdOx1 nCoV-19 para prevenir a doença, no entanto, ainda está em análise, visto que a fase 3 de testes ainda está em andamento.
A vacina desenvolvida pela Oxford é considerada uma das mais promissoras no mundo por utilizar métodos já tradicionais de produção de imunizante. Ela contém um adenovírus (que não causa doença), mas que carrega o material genético do novo coronavírus para que o corpo produza uma resposta imunológica.
Com informações da Agência ANSA*
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