(ANSA) – Começou nesta quarta-feira (19) a venda legalizada de maconha para uso recreativo no Uruguai. Com isso, o país se tornou o primeiro no mundo a fazer esse tipo de modalidade de comercialização, onde a erva é produzida através de uma rede legalizada sob a supervisão do Estado.
Nesta terceira fase da lei aprovada em 2013, 16 farmácias fazem a comercialização da cannabis para pessoas que fizeram um cadastro. Cada cliente poderá comprar 10 gramas de “marijuana” por semana, em um total de 40g ao mês, ao custo de cerca de US$ 1 a grama.
A erva foi plantada em terrenos do Estado e o processo de liberação das farmácias que poderiam vender foi bastante restrito. Estão disponíveis duas variedades da planta, identificadas como Alfa-1 e Beta-1, feitas com Cannabis sativa e Cannabis indica, informou o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA).
Antes da venda por farmácias, a lei aprovada ainda durante o governo de José Mujica (2010-2015), já havia regulamentado o cultivo doméstico da planta, com cerca de sete mil pessoas que se inscreveram no programa, e feito a regulamentação de círculos ou clubes de cultivo (63 até agora).
A ideia é que com a venda haja a diminuição do tráfico de drogas no Uruguai. No entanto, a imprensa local destaca que o número de consumidores registrados está muito abaixo do esperado e os pontos de venda são considerados poucos. De fato, em oito dos 19 departamentos uruguaios não há nenhum ponto de venda.
Há ainda outra “reclamação” dos usuários, segundo reportam os jornais uruguaios. As variedades disponibilizadas contém um teor de Tetraidrocanabinol (THC), o principal elemento componente ativo da maconha, na casa de 2% – um valor muito inferior ao que é vendido ilegalmente, que tem entre 7% e 10%. (ANSA)
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