(ANSA) – O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, afirmou que o afastamento da presidente brasileira, Dilma Roussef, pode abrir um precedente “perigoso”. Segundo Samper, a atitude “compromete a governabilidade democrática da região em um caminho perigoso”. “O que aconteceu no Brasil, é que uma maioria política mudou o que a maioria dos cidadãos expressou, por eles mesmos, em claro favor de Rousseff”, afirmou o líder da Unasul sobre a reeleição da mandatária em 2014.
Para ele, o impeachment é um tipo de “ruptura da ordem democrática” que pode levar o Brasil a ser suspenso do bloco econômico, já que tem um “caráter político”. Samper criticou ainda a postura dos parlamentares na Câmara dos Deputados, que “não deram espaço” para que a defesa de Dilma fosse realizada de maneira correta.
“Nesta nova fase, nós pedimos que o direito de defesa para a presidente Rousseff seja garantida”, disse o presidente da Unasul ao comentar o novo processo que se desenvolverá no Senado e que pode afastar definitivamente a pessoa do cargo. Já sobre o presidente interino do Brasil, Michel Temer, o presidente do bloco se recusou a fazer qualquer comentário por “não ser sua esfera comentar um governo interino”.
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