O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy anunciou na sexta-feira (21) que está preparando novas unidades de combate para a contraofensiva que será lançada contra as tropas russas que ocupam partes do país.
“Estamos preparando ativamente novas brigadas e unidades que se mostrarão na linha de frente“, afirmou em seu pronunciamento diário em vídeo. Ele acrescentou que sua reunião com o Estado Maior foi sobre fornecer todos os meios para libertar a Ucrânia da ocupação russa.
Zelenskyy enfatizou que a reocupação dos territórios é a principal tarefa do estado e que os recursos estatais serão prioritariamente destinados para isso. “A linha de frente é a prioridade número um“, afirmou.
Ao mesmo tempo, ele agradeceu aos parceiros ocidentais que se reuniram na Alemanha para ajudar a Ucrânia a se defender. “Agradeço aos parceiros cuja determinação está totalmente de acordo com a situação real e as necessidades no campo de batalha“, declarou.
Desde o início da invasão russa há 14 meses, a Ucrânia vem lutando para se defender e é amplamente dependente do apoio ocidental para equipamentos militares. Na sexta-feira, os aliados ocidentais se reuniram na Base Aérea Ramstein, nos Estados Unidos, para discutir mais ajuda.
A Letônia, por sua vez, anunciou que entregará todos os mísseis antiaéreos Stinger de suas forças armadas para a Ucrânia, após as conversas em Ramstein sobre ajuda militar ocidental para o país. Segundo o Ministério da Defesa letão, haverá ainda um treinamento mais intensivo dos soldados ucranianos na Letônia.
Porém, a tensão na região se agrava e o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, emitiu um alerta sobre a possibilidade de acidente nuclear devido às hostilidades crescentes ao redor da central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.
Grossi declarou que há sinais claros de preparações militares na área desde sua visita há três semanas e os especialistas nucleares que trabalham no local registraram explosões próximas à usina. O local foi ocupado pelas tropas russas logo após o início da invasão russa há 14 meses, e a região é considerada uma das possíveis direções da contraofensiva ucraniana.
A Ucrânia recebeu apoio internacional de vários países, incluindo o Canadá, que anunciou um pacote adicional de ajuda militar. O presidente Zelenskyy agradeceu publicamente ao primeiro-ministro canadense Justin Trudeau em seu perfil no Twitter, destacando que o “mundo livre está forte e unido com a Ucrânia na defesa de seus valores”.
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