(ANSA) – Os dois líderes turcos da legenda pró-curda Partido Democrático dos Povos (HDP), Selahattin Demirtas e Figen Yuksekdag, foram presos na noite de ontem (3) sob acusação de terrorismo e enviados a um tribunal de Diyarbakir com outros nove deputados.
Selahattin Demirtas e Figen Yuksekdag foram detidos em suas casas na cidade de Diyarbakir e Ancara, respectivamente, como parte de uma investigação contraterrorista, informou a mídia da Turquia. O grupo será julgado por um magistrado, que decidirá se mantém ou não as prisões. Os deputados opositores foram presos após a entrada em vigor da lei que retira a imunidade parlamentar e a voluntariedade de se apresentar a tribunais. Logo depois das prisões, um carro-bomba explodiu diante de um prédio da polícia em Diyarbakir, ferindo 20 pessoas. O município localizado no sudeste da Turquia concentra a maior comunidade curda do país.
A Turquia permanece sob estado de emergência desde a tentativa falida de golpe de Estado, em julho, contra o regime do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Ativistas da associação de monitoramento on-line Turkey Blocks denunciaram que o acesso aos principais sites de mídia social foi bloqueado durante a noite no país. Facebook, Twitter e Youtube estariam inacessíveis desde às 1h20 local.
Algumas restrições foram colocadas também no acesso ao aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp e ao Instagram pela primeira vez em nível nacional nos últimos anos. O Turkey Blocks afirmou em seu site que o bloqueio estaria relacionado à prisão dos deputados pró-curdos.
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