(ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (17) que não escolheu o Brasil para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O republicano deu preferência para a adesão da Argentina na organização internacional, devido ao “respaldo eleitoral” de seu presidente, Maurício Macri, nas reformas que está realizando no país. Além disso, segundo Trump, entrar na OCDE não seria a realidade do Brasil.
“Faltaria no Brasil consenso claro sobre as reformas, especialmente por meio de respaldo eleitoral – algo que pôde ser verificado na Argentina nas últimas eleições presidenciais e legislativas”, escreveu a entidade.
Apesar do Brasil ter sua entrada negada na organização considerada “o clube dos países desenvolvidos”, a secretaria da entidade aprovava a adesão do país. Porém, o voto de Trump teve peso na decisão final.
Fundada em abril de 1948, a OCDE possui 35 países membros. Antes da Argentina, a única nação sul-americana que estava na entidade era o Chile.
ERRATA:OCDE não fez comentários sobre adesão do Brasil
Ao contrário do informado no artigo “Trump escolhe Argentina e nega adesão do Brasil na OCDE”, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) não se pronunciou sobre o caso nem sobre as reformas do governo brasileiro.
No texto da ANSA, a sentença “Faltaria no Brasil consenso claro sobre as reformas, especialmente por meio de respaldo eleitoral – algo que pôde ser verificado na Argentina nas últimas eleições presidenciais e legislativas” é atribuída equivocadamente à OCDE, no entanto está em documentos diplomáticos obtidos com exclusividade pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
“A OCDE não fez absolutamente nenhuma declaração desse tipo. Não temos comentários sobre as discussões em andamento entre os países-membros sobre os vários candidatos à adesão”, diz a entidade. Além disso, ao contrário do que está dito na primeira versão, o governo de Donald Trump não “confirmou” que não escolheu o Brasil para entrar na OCDE.
A suposta preferência da Casa Branca pela Argentina está em documentos confidenciais obtidos pelo “Estadão”, não se trata de um posicionamento público do governo norte-americano. Em contato com a ANSA, a Casa Civil reconheceu que os EUA estão “preocupados com a concentração de esforços da OCDE na análise da acessão de seis países ao mesmo tempo, razão pela qual entendem que seria necessário organizar um fluxo de análise”.
“Neste caso, a Argentina poderia ter precedência por ter solicitado ingresso antes e por ter tido apoio direto do presidente Donald Trump em conversa com o presidente Mauricio Macri. Esta informação, no entanto, não reflete uma posição conclusiva do governo norte-americano ou da OCDE, uma vez que o assunto está sendo debatido nas reuniões mensais da Organização”, diz comunicado da Casa Civil.
Além disso, a pasta afirma que o “governo brasileiro deu início a várias reuniões com países da OCDE e com órgãos do governo dos EUA no intuito de iniciar o processo”. “Cada órgão americano transmite um conjunto de informações, mas nenhuma seria impeditiva do ingresso do Brasil”, diz o comunicado.
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