(ANSA) – A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) realizou nesta quarta-feira (6) um julgamento virtual no qual manteve a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 17 anos e um mês de prisão no caso do sítio de Atibaia, em São Paulo.
O caso havia sido julgado em primeiro grau pela juíza da Lava Jato Gabriela Hardt. Com a decisão agora por unanimidade pelo TRF-4, nada mudará para o petista, mas sua defesa irá recorrer.
Na petição apresentada pelos advogados de Lula na noite de ontem (5), foi pedida a suspensão do julgamento baseado no depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ex-juiz federal da Operação Lava Jato. No entanto, o recurso foi negado.
Além disso, os integrantes do TRF-4 também se recusaram a cancelar a sessão virtual, depois que a defesa do ex-presidente apelou para que só ocorresse presencialmente.
Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do sítio. Entretanto, em novembro passado, sua pena foi aumentada de 12 para 17 anos de detenção.
De acordo com o Ministério Público Federal, as empresas Odebrecht, OAS e Schahin gastaram R$ 1 milhão em melhorias em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo, em benefício de Lula.
O imóvel está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar e sócio de um dos filhos do ex-presidente, Fabio Luís, mas a acusação diz que o petista é seu real proprietário. Investigadores encontraram objetos pessoais de Lula e sua família no sítio, além de um barco com o nome dele e de sua falecida esposa, Marisa Letícia.
O ex-presidente, no entanto, nega ser dono da chácara e afirma que não há provas de que ele cometeu corrupção e lavagem de dinheiro.
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