Você provavelmente já ouviu falar do teste vocacional. Ele começou a ser aplicado a partir de 1930 como forma de ajudar os estudantes a escolherem uma carreira. O método antigo da avaliação dividia os estudantes em aptos para carreiras de humanas e exatas. Essa forma de análise, no entanto, caiu em descrédito, sobretudo a partir dos anos 1990.
Tudo começou a mudar com a teoria desenvolvida pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou sete tipos de inteligência: linguística, lógica, motora, espacial, musical, interpessoal e intrapessoal. A partir desse momento, os testes modernos passaram a se basear em outros aspectos e na multiplicidade de talentos que uma pessoa pode ter.
Hoje, o termo mais aceito é orientação profissional em vez de orientação vocacional. A segunda nomenclatura levava consigo uma ideia de que as pessoas possuíam habilidades diferenciadas e, portanto, tinham uma certa superioridade àquelas pessoas que estavam desempregadas e que supostamente não tinham nenhuma vocação.
O teste vocacional faz parte de uma avaliação psicológica na qual o estudante recebe uma orientação de acordo com as suas aptidões. É necessário não confundir a função desses testes com uma ordem direta do que fazer. O conceito de orientação profissional moderno defende que o estudante é o responsável pelas escolhas de carreira, mesmo que para isso seja necessário que ele descubra suas habilidades e o que gosta de fazer.
Portanto, antes de fazer uma orientação profissional, o adolescente deve procurar profissionais devidamente habilitados e que possam oferecer um suporte além da aplicação de questionários. O processo deve incluir conversas com psicólogos, informações sobre as carreiras com as quais o jovem mais se identifica e até contato com pessoas que já estão no mercado. Quanto mais informações o estudante tiver sobre si e sobre as diversas profissões existentes, mais fácil será fazer uma boa escolha.
O conceito atual de orientação profissional também prevê mudanças durante o percurso. O indivíduo pode descobrir outras aptidões e interesses ao longo da vida. É por este motivo que existem as mentorias e os coachings, serviços nos quais uma pessoa pode ter acompanhamento personalizado de seus passos como profissional no mercado de trabalho. Com esse apoio, o indivíduo desenvolve seu plano de carreira, suas metas de curto, médio e longo prazo, além de planejar uma possível aposentadoria.
Outro modelo de teste vocacional foi desenvolvido pelo psicólogo norte-americano John Lewis Holland. O professor formulou um método que entendia as preferências ocupacionais como sendo a expressão da personalidade de cada um. Com isso, surgiu a tipologia RIASEC, que divide as pessoas em seis tipos diferentes: realista, investigativo, artístico, social, empreendedor e convencional. Cada uma dessas categorias possui subdivisões e combinações entre si.
O importante, antes de procurar testes para escolher uma carreira, é saber que eles não funcionam como uma fórmula mágica que vai solucionar todos os problemas e dramas dessa fase da vida. Você terá que buscar muitas informações e profissionais qualificados que possam aplicar métodos interdisciplinares e abrangentes para te fornecer o maior número de informações. A partir disso, é só iniciar o processo de escolha da instituição de ensino que você deseja cursar e dos diferentes cursos ofertados pelo sistema educacional.
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