(ANSA) – Após o pedido de prisão de seis pessoas em Milão, Lecce e Varese, as autoridades italianas divulgaram trechos das ligações telefônicas grampeadas de alguns dos acusados. Nelas, há planos de ataque contra o Vaticano e contra a embaixada de Israel em Roma.
“Para estes inimigos, eu juro que se conseguir colocar minha família à salvo, juro que serei o primeiro a atacá-los nesta Itália das Cruzadas, juro, juro, que ataco o Vaticano pela vontade de Deus”, disse Abderrahim Moutaharrik, preso nesta manhã, em uma conversa com Mohamed Koraichi no dia 25 de março.
Kourachi fugiu com a família para a Síria em 2015 e também teve um mandado de prisão decretado. Ainda no áudio, Moutaharrik faz um “único” pedido para o marroquino: “é sobre a minha família, você sabe que quero que ao menos os meus filhos cresçam no califado do Islã”. Em outra interceptação, o jovem preso nesta quinta afirmou que queria “explodir” a embaixada de Israel em Roma.
Entre os documentos apreendidos em sua residência, estava um “desenho para realizar um atentado” no local e anotações que apontavam que ele havia “contatado um homem albanês para comprar as armas”, mas não efetuou a transação. As autoridades italianas revelaram ainda que uma das pessoas levadas em custódia hoje era Wafa Koraichi, 24 anos, irmã de Mohamed, e que morava em Lesa.
Segundo as investigações, o marido de Wafa não tinha nenhuma ligação com os extremistas islâmicos. Nas buscas também foi encontrada uma foto dos três filhos de Mohamed Koraichi na Síria, com uma clara exultação ao martírio islâmico: as mãos apontadas para os céus e vestidos com roupas camufladas. Uma quarta criança aparece na foto e ela seria o filho de Oussama Khachia, um italiano que foi expulso da Itália e foi morto em combate ao lado do Estado Islâmico (EI, ex-Isis).
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