O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que tem origem da morte de células nervosas responsáveis pela produção de dopamina, substância indispensável para o bom funcionamento do cérebro e que atua no controle dos movimentos, memória e da sensação de prazer. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a condição afeta 4 milhões de pessoas no mundo todo e cerca de 200 mil só no Brasil.
Apesar do tratamento com medicamentos apresentar bons resultados, ainda não existe uma cura. Para isso, diversos estudos estão sendo realizados para amenizar os sintomas. Um deles, realizado por pesquisadores portugueses das universidades de Coimbra e do Minho, indica que uma molécula secretada por células-tronco do tipo mesenquimal aumenta o canal de comunicação entre neurônios.
Os estudiosos usaram as substâncias secretadas por estas células-tronco e as aplicaram em neurônios. Após os testes, foi verificado que o crescimento dos axônios (fibra nervosa que permite transmitir sinais elétricos entre os neurônios) estimulados por estas substâncias era maior que o dos neurônios que não estimulados com tais substâncias. A experiência portuguesa torna-se mais enriquecida em virtude do isolamento de uma molécula que provavelmente é responsável por esta indução de crescimento axonal, denominado fator neurotrófico cerebral.
Para Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a pesquisa estimula a implantação de novos estudos. “Os protocolos de tratamentos com células-tronco estão cada vez mais frequentes, pois utilizam-se, atualmente, células adultas e livres de impurezas, o que garante maior eficiência. A célula-tronco do tipo mesenquimal pode ser encontrada no tecido de cordão umbilical, na polpa de dente e no sangue de cordão umbilical”, destaca.
Doenças tratadas com o sangue do cordão umbilical – Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood, o sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos para o tratamento de diversos tipos de patologias. “Dentre as principais estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo avançando, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids”, finaliza Tatsui.
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