(ANSA) – Há um século, em novembro de 1915, Albert Einstein apresentava à Academia Prussiana de Ciências a equação mais célebre do mundo, a da Teoria da Relatividade Geral, que revolucionou a imagem do universo e que em pouquíssimos anos transformou o alemão em um “popstar” da física.
Em 1905, Einstein publicou sua primeira teoria, a da Relatividade, que estabelecia que tempo e espaço não são absolutos como afirmava Newton, mas variam de acordo com o referencial. Já em 1915, o físico apresentou uma nova teoria com o mesmo nome, Teoria da Relatividade Geral, que se baseou em seu trabalho precedente para afirmar que a gravidade distorce o espaço-tempo. Graças à Teoria da Relatividade Geral, “Einstein se tornou um ícone, porque mudou completamente a visão do universo deixada por Newton”, disse o físico Antonio Masiero, vice-presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear (Infn).
Para Newton, o universo era um grande palco no qual o espaço e tempo eram dois elementos imutáveis. “Einstein mudou completamente essa visão, dizendo que o espaço e tempo são criados e ‘deformados’ pela própria matéria”, comentou Masiero. Com a linguagem da matemática, Einstein descreveu a gravidade como a curvatura do espaço-tempo, ou seja, o modo no qual a matéria “deforma” o espaço-tempo e esse último, à sua volta, determina o modo no qual a matéria pode mover-se em seu interior.
A popularidade para Einstein veio pouco tempo após a apresentação de sua equação ao mundo acadêmico e, nos anos seguintes, a tese já havia rodado o mundo. Sua fama alcançou a Itália em 1921, com a primeira tradução da Teoria da Relatividade editada por Raffaele Contu. O que fez Einstein tão popular foi o experimento que, em 1919, aproveitou o surgimento de um eclipse solar para demonstrar que, quando um raio de luz passa vizinho a um corpo celeste muito grande, como o Sol, é desviado, em linha com as previsões da teoria de Einstein.
Atualmente, a relatividade foi confirmada por muitos outros testes, mas restam algumas questões abertas. Por exemplo, se está trabalhando para demonstrar a existência de ondas gravitacionais, ou seja, as oscilações do espaço-tempo geradas por fenômenos cósmicos muito violentos. O objetivo é capturar esses “rangidos do espaço-tempo” da Terra, com as antenas do projeto italiano Virgo e do americano Ligo, e no espaço com a missão da Agência Espacial Europeia (ESA) Lisa-Pathfinder, realizada com contribuição da Agência Espacial Italiana (ASI) e cujo lançamento está programado para 2 de dezembro de 2015.
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