Uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, criou um sistema chamado RiskCardio. A nova ferramenta usa a inteligência artificial (IA) para medir o risco de um paciente morrer de doença cardíaca.
A tecnologia foi desenvolvida para pacientes com Síndrome Coronária Aguda (SCA), que abrange uma variedade de condições que reduzem subitamente o fluxo sanguíneo para o coração.
O RiskCardio analisa em apenas 15 minutos o “sinal bruto do eletrocardiograma (ECG)” de um paciente, que registra o ritmo cardíaco e a atividade elétrica. Em seguida, ele recorre a uma amostra de dados de ECG para classificar esse paciente em particular em uma ‘categoria de risco’. A tecnologia então prevê o risco de morte entre os próximos 30 dias a um ano.
Os cientistas acreditam que o RiskCardio poderia ajudar os médicos a avaliar rapidamente o melhor tratamento para um paciente com SCA com base no risco de morte. “A tecnologia funciona separando o sinal de ECG do paciente em conjuntos de batidas consecutivas”, disseram os cientistas. A variabilidade entre batimentos adjacentes sugere o risco.
O estudo
O RiskCardio foi ‘treinado’ usando dados de um estudo de pacientes com SCA. Para colocar a tecnologia em funcionamento, a equipe primeiro separou os sinais de cada um desses pacientes em uma coleção de batimentos cardíacos adjacentes.
Cada conjunto de batidas recebeu um ‘rótulo’, isto é, se o paciente morreu ou não. Os cientistas treinaram a tecnologia para classificar os batimentos cardíacos de pacientes que morreram como “arriscados” e os batimentos daqueles que sobreviveram como “normais”.
Quando apresentado a um novo paciente, o RiskCardio cria uma pontuação de risco, analisando como o conjunto de batimentos cardíacos se compara aos do paciente no estudo anterior.
“Usando apenas os primeiros 15 minutos do sinal de ECG bruto de um paciente, a ferramenta produz uma pontuação que coloca os pacientes em diferentes categorias de risco”, escreveram os cientistas.
O RiskCardio foi posto à prova em cerca de 1.250 pessoas com SCA. Ele previu que 28 desses pacientes morreriam dentro de um ano. Não está claro o quão exata essa estimativa foi.
Verificou-se que os pacientes do grupo ‘alto risco’ eram sete vezes mais propensos a morrer do que aqueles que eram considerados de baixo risco.
Isso é comparado às ‘métricas de risco existentes mais comuns’, que consideram os pacientes de alto risco três vezes mais propensos a morrer do que os de baixo risco.
Os resultados foram apresentados na íntegra na Machine Learning for Healthcare Conference da Universidade de Michigan.
Os pesquisadores acreditam que o RiskCardio poderia ajudar os médicos a avaliar rapidamente o melhor tratamento para um paciente com SCA se eles chegassem a um hospital.
Atualmente, eles precisam “usar dados médicos e testes demorados” para estimar o risco de morte de um paciente e depois escolher o melhor tratamento, disseram eles.
Com informações do Daily Mail.
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