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Suspeito de falsificar atestados de óbito liga para falso médico para descartar provas

Suspeito de falsificar atestados de óbitos na capital de Mato Grosso do Sul, o agente funerário Anderson Ferreira de Souza, de 35 anos, estava tentando efetuar uma chamada para o dentista, de 52 aos, que se passava por médico para carimbar e assinar os documentos. Souza queria que o dentista escondesse os carimbos utilizados para façanha para que não fosse descoberto. O flagrante foi feito de dentro da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga, em Campo Grande, onde Ferreira de Souza permanece para prestar depoimento.

Assim que um médico chegou na delegacia, acompanhando de um diretor do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), na terça-feira (17), a polícia deu início as investigações. “Ele disse que o seu nome estava sendo usado indevidamente e apresentou uma declaração de óbito em seu nome. O médico recebeu uma ligação dizendo que havia contradições e inverdades nesta declaração, sendo que ele, de maneira proativa, nos relatou que um médico ou uma pessoa comum estava usando o seu nome”, explicou o delegado que está a frente do caso, Hoffman D’Avila.

Com o segmento das averiguações do caso, os agentes começaram a desvendar o que realmente tinha acontecido. “Houve uma morte natural e a família desta pessoa acionou o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência]. No entanto, o médico constatou a morte e não fez a declaração de óbito. A família então foi procurada pelo agente, que ofereceu um suposto médico para entregar o documento, mediante o pagamento de R$ 300”, explicou o delegado. Ressaltando que o dentista em questão, havia passado até um cartão de débito para a família e depois fez o documento, o que mostrou “total desrespeito a classe médica e a polícia judiciária”.

Ainda segundo D’Avila, os autores do crime vão responder por uso de documento falso, falsificação de documento público, estelionato e exercício ilegal da profissão. “No caso do dentista, apreendemos dois carimbos de médicos, valores em dinheiro e celulares no qual a dupla mantinha conversas. O caso será agora encaminhado para a delegacia especializada e vamos verificar se tem mais pessoas envolvidas nos crimes”, disse.

Entenda o caso

O dentista e o agente funerário foram presos na noite de terça-feira (17), ambos suspeitos de falsificarem os atestados. De acordo com informações policiais, o dentista se passava por médico e recebia valores de R$ 300 e R$ 500 para emitir o documento que é um processo burocrático feito na delegacia.

Uma funcionária, que trabalha no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), acabou descobrindo o esquema, devido a uma assinatura. Ela ainda entrou em contato com o médico, mas ele negou a informação. Ainda desconfiada, procurou a polícia que seguiu para as investigações e acabou prendendo os acusados.

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