Um surto de mucormicose está sendo detectado entre sobreviventes do coronavírus e levou as autoridades do estado de Gujarat, no noroeste da Índia, a isolar pacientes com esta infecção fúngica, relata o periódico indiano Business Today. A situação deixou as autoridades do país em estado de alerta.
Conforme detalhado, foram instaladas enfermarias especializadas em todos os hospitais civis do país. Além disso, o governo estadual comprou 5 mil doses do medicamento anfotericina B, que é usado no tratamento dessa doença rara.
As medidas estão sendo tomadas depois que o número de casos confirmados de mucormicose ultrapassou 100 infectados. Destes, 40 foram detectados na cidade de Surat nos últimos 15 dias.
Ao mesmo tempo, outro surto da infecção é registrado no estado de Maharashtra, ao sul de Gujarat, onde cerca de 200 casos foram confirmados , dos quais oito foram fatais.
Os médicos indianos consideram a mucormicose uma complicação pós-Covid. De acordo com o chefe da Diretoria de Pesquisa Médica e Educação de Maharashtra, Tatyarao Lahane, os pacientes neste estado “sobreviveram à infecção por COVID-19, mas a infecção fúngica atacou seus fracos sistemas imunológicos”.
Os sintomas da mucormicose variam de uma simples dor de cabeça e congestão nasal a edema facial unilateral, cegueira e até morte. Em alguns casos, é necessário remover o nariz e a mandíbula dos pacientes para salvar suas vidas. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a mortalidade causada pela doença é em média de 54% .
Os primeiros casos desta doença entre os pacientes com COVID-19 foram notificados em dezembro em Gujarat e Nova Delhi.
A mucormicose, antigamente chamada zigomicose, é uma doença que afeta pacientes imunodeprimidos severos causado por fungos e pode afetar nariz, cérebro, pulmões, pele, sistema gastrointestinal ou todo o organismo.
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