A agência de classificação de risco Standard & Poor’s emitiu um alerta afirmando que a nota soberana do Brasil pode ser rebaixada caso a reforma da previdência não seja aprovada em tempo hábil para “dar algum respiro” ao próximo governo. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A notícia foi recebida pela área econômica do governo federal como mais um reforço ao discurso de que a reforma é essencial para o equilíbrio do país.
Na quinta-feira (12), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que caso as reformas propostas pelo governo sejam aprovadas e, principalmente, a da previdência, o país ao invés de retroceder, pode ter um crescimento do PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de até 4%, em um horizonte de tempo de quatro anos.
“Isso evidentemente depende da aprovação não só das reformas macroeconômicas, por exemplo da reforma da previdência, da reforma tributária que é muito importante, simplificando o sistema tributário brasileiro, como também toda serie de reformas microeconômicas. Algumas delas já foram aprovadas, como por exemplo, a TLP. É possível, sim, que no futuro o Brasil possa crescer a este tipo de taxa em um universo de poucos”.
O ministro ressaltou que caso a reforma não seja aprovada no governo do presidente Michel Temer, a proposta terá de ser levada adiante através do próximo governo, caso contrário a sociedade será penalizada.
“Se não houver aprovação das medidas necessárias e se, em algum momento, o Orçamento e as despesas públicas violarem a regra do teto, os mecanismos são autocorretivos. Existe, então, o corte de novas isenções, subsídios, paralisação de qualquer aumento de contratação ou de salários”.
Ainda de acordo com Meirelles, as reformas estruturais que estão sendo realizadas no Brasil estão tornando a economia mais resistente e, portanto, com mais condições de enfrentar eventuais turbulências na economia global.
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