Com o conteúdo mantido sob sigilo, o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro para homologação. Funaro havia citado nomes de pessoas com foro privilegiado, entre eles, o do presidente Michel Temer. Devido a isso, o caso foi encaminhado ao Supremo.
A homologação da delação ficará sob o comando do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF. Segundo informações do Jornal do Brasil, o acordo foi assinado no último dia 22. Há possibilidades que Janot apresente uma nova denúncia contra Temer, prevista para 17 de setembro, como já divulgado.
A primeira denúncia foi vetada com mais de 120 votos de margem, nela acusava o presidente de corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa. Ainda segundo o jornal, a delação de Funaro deve embasar tanto uma acusação como outra. No acordo, Funaro detalhou supostos crimes que teriam sido cometidos pelo grupo político mais próximo de Temer.
Funaro foi preso há mais de um ano na Lava Jato e tentava desde o segundo semestre do ano passado fechar uma delação. Contudo, as negociações com a PGR só avançaram há três meses, quando ele contratou uma equipe de advogados, comandados pelo criminalista Antonio Figueiredo Basto.
Em outro momento, durante um depoimento, Funaro confirmou à PF (Polícia Federal), a participação de Michel Temer (PMDB-SP) e do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em acerto de propinas sobre o contrato da Petrobras com a Odebrecht.
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