Variedades

“Só menstruam no meu governo”, diz Bolsonaro ao criticar distribuição de absorventes

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre o veto à distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade e disse que as mulheres “começaram a menstruar” durante seu governo. O veto foi muito criticado por educadores, especialistas e pelo Congresso.

Em conversa com apoiadores na manhã desta quinta-feira (25/11), na portaria do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo alegou, de novo, que o projeto não tem “fonte de recurso”.

A mulher começou a menstruar no meu governo. No governo do PT não menstruava, no do PSDB não menstruava também. O cara apresenta um projeto, mas não apresenta fonte de recurso. Se eu sanciono, se não tiver de onde vem o recurso, é crime de responsabilidade“, disse o presidente.

Os argumentos do presidente, no entanto, já foram rebatidos pela deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). Em participação no UOL News, em outubro, ela disse ser mentira que faltam informações sobre a fonte de custeio ou medida compensatória no projeto, conforme alega o presidente.

A parlamentar explicou que, no relatório final, existe uma menção a diversas fontes, entre elas, ao Fundo Penitenciário, o SUS (Sistema Único de Saúde), além de autorização para que as secretarias de Educação usem recursos para a compra de absorventes.

De acordo com o relatório deste ano realizado pelo UNFPA e UNICEF, ”Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos” mais de 4 milhões de jovens não têm itens básicos de higiene nas escolas quando estão menstruadas e 713 mil delas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio.

Depois do veto do presidente à distribuição gratuita de absorvente, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior reduziu de 12% para 10% a alíquota do imposto de importação sobre o produto e também sobre fraldas infantis. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada.

Tabata, uma das autoras da proposta, disse considerar “urgente que o Congresso derrube esse veto“, que ela define como desumano. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, chegou a dizer que o veto era “candidatíssimo” a ser derrubado no Parlamento. A proposta estimava uma despesa de R$ 84,5 milhões por ano.

Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Back to top button
Close

Permita anúncios para apoiar nosso site

📢 Desative o bloqueador de anúncios ou permita os anúncios em nosso site para continuar acessando nosso conteúdo gratuitamente. Os anúncios são essenciais para mantermos o jornalismo de qualidade.