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Setembro Amarelo: depressão pós-parto pode levar ao suicídio

A depressão pós-parto é uma triste realidade brasileira: uma em cada quatro mulheres sofre com a questão, segundo pesquisa realizada, em 2016, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No Brasil, os índices estão acima da média mundial, que é de 19,2%. Dados disponíveis no site do CVV – Centro de Valorização à vida dizem que “entidades britânicas, como a Royal College of Psychiatrists, monitoram estatísticas em seu país e pelo mundo, (e no) ano passado publicaram índices que apontam que o suicídio correspondeu a 25% das mortes entre mulheres nos primeiros 12 meses após dar à luz”.

A depressão pós-parto também atinge os homens. Estudos científicos mostram que o problema acomete de 10% a 25% dos homens.

Os sintomas da depressão pós-parto são caracterizados como tristeza, apatia, desalento e pode ou não ocorrer a rejeição ao bebê. As causas fisiológicas mais comuns do quadro depressivo pós-parto são as alterações hormonais bruscas que ocorrem com a mulher ou casos apenas emocionais.

Sobre o que nunca se fala, entretanto, é a depressão pós-parto masculina. Para a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, a mudança de vida causada pela chegada do bebê pode trazer no homem incertezas e inseguranças – as mesmas que são causadas à mulher. “Assim como muitas mulheres não estão preparadas para ser mães, diversos homens não se veem no papel de pais e um turbilhão de emoções toma conta de suas vidas. É aí que eles não dão conta do momento. Além disso, a nova rotina, o dividir a esposa com o bebê nem sempre são momentos fáceis de encarar. Muitos precisam de ajuda e, não a encontrando, desenvolvem a depressão”.

A médica já presenciou casos em consultório, que a deixaram impressionada. “Alguns começam com o afastamento do homem da família. Muitos se enterram no trabalho, deixando as atividades familiares totalmente de lado. Depois, vem a depressão, a fadiga, o esgotamento físico e mental”, explica Dra. Mariana.

O diagnóstico para a depressão pós-parto masculina, muitas vezes, se dá no consultório obstétrico, apesar do tratamento ser realizado com a combinação de atendimento psiquiátrico e psicológico. “Quando o casal vem em consulta, é comum que a paciente se queixe do esposo e, numa conversa rápida, conseguimos detectar o problema. É aí que orientamos o casal a procurar ajuda”, diz a médica.

O alerta, portanto, deve ser feito: é preciso que os casais estejam atentos a sintomas de ambos – e não apenas da mulher – na chegada do bebê, afinal, a saúde de toda a família é importante para este momento de tanta alegria e a depressão pode ser precursora do suicídio, tema da campanha do Setembro Amarelo.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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