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‘Temer perderá força antes de segunda denúncia’, acredita Rodrigo Maia

Diante de uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer anunciada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no final de agosto, o deputado Rodrigo Maia (Democratas – DEM) afirmou nesta segunda-feira (4) que “não dá para negar” que o governo perdeu força dentro do Congresso Nacional.

Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, se a denúncia for realmente enviada ao Congresso antes do dia 17 de setembro, antes de Janot deixar a chefia, ela será analisada de forma rápida e será julgada na Câmara até o fim do mesmo mês. Com isso, ele diz acreditar que não haverá atraso na votação da reforma da Previdência na Casa, esperada para outubro, mas declarou que o governo não tem votos para aprová-la.

O deputado afirmou ainda, que não sabe quando a nova denúncia contra o presidente será realizada. “Parece que haverá segunda denúncia. Devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para avaliar as mudanças que o país precisa”, informou Rodrigo.

O deputado, que está provisoriamente na Presidência, enquanto Temer está em viagem para a China, também declarou. “Não dá para negar que a relação de forças do governo no Congresso perdeu alguma força. Esse tipo de ato, uma denúncia – contra Temer -, gera desgaste, gera algum tipo de desarticulação”, afirmou.

Por se tratar de uma denúncia contra o presidente da República, ela precisa ser autorizada pela Câmara dos Deputados antes de sua análise no STF (Supremo  Tribunal Federal). Maia disse ainda que, apesar de se tratar de algo que ainda não existe, uma eventual segunda denúncia contra Temer seria analisada na Câmara com maior celeridade que a primeira, que acabou barrada pelo Plenário.

Maia também acrescentou: “se ele – Janot – tiver embasamento, tem chances – de a denúncia ser aprovada -. Se não tiver embasamento, como na visão da maioria da Câmara não teve [na primeira denúncia] o processo será arquivado para 2019”.

Privatização

Em São Paulo, Rodrigo Maia participou nesta manhã do Fórum Exame, voltado a empresários. Ele defendeu a privatização de empresas públicas. “Não precisamos privatizar para zerar o deficit público”, mas porque, em sua opinião, “nas mãos do setor privado [as empresas] são mais eficientes”, disse.

Maia levantou também a questão da estabilidade do emprego no setor público. “Existem áreas em que será necessária alguma estabilidade, em outras não”. O presidente em exercício citou como argumento para uma possível mudança no status dos servidores a falta de recursos para a Previdência pública não apenas em âmbito federal, mas também nos estados.

Reforma da Previdência

Rodrigo Maia confirmou também que a previsão na Câmara dos Deputados é votar em outubro a reforma da Previdência. Segundo ele, a maior dificuldade será conseguir os votos necessários para a aprovação em primeiro turno no Plenário.

“O problema não é a data, é ter voto para votar. Hoje tem menos votos do que antes”, declarou. Ele calcula que, atualmente, não será possível alcançar mais que 280 votos, quantidade abaixo dos 308 necessários para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência.

“É questão de trabalhar e mostrar a urgência para os parlamentares”, disse Maia. Ele afirmou que atua todos os dias no convencimento dos deputados no tema que, segundo ele, ainda é polêmico. “Aprovada a reforma da Previdência ainda neste ano, o impacto na economia ano que vem vai ser muito forte e vai colaborar com a eleição de 2018”, disse.

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