Foi concluído, nesta terça-feira (05), o processo que determina o aluguel de 175 tornozeleiras eletrônicas para monitorar presos que cumprem regime semiaberto a pedido da Justiça em Brasília. O processo foi ordenado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Dessa forma, o ex-ministro do presidente Michel Temer, Geddel Vieira Lima, que cumpre prisão domiciliar, na Bahia, poderá ser monitorado pelo equipamento, em breve.
No mês de julho, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal – TRF – da 1° Região, liberou Geddel para cumprir sua prisão em casa sem a tornozeleira. No entanto, em agosto, quando o dispositivo deveria ter sido inaugurado, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10° Vara Criminal de Brasília, pediu para o equipamento ser providenciado com urgência para monitorá-lo.
Com o aluguel das 175 peças, a Justiça Federal do Distrito Federal vai pedir para a Secretaria de Segurança Pública separar uma cota para atender sua demanda. Vão usar o argumento de que o órgão distrital recebe recursos federais por meio do Departamento Penitenciário Nacional e, portanto, a Justiça Federal também teria direito ao menos uma parte dos dispositivos.
Outro a receber a tornozeleira é o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, atualmente cumprindo prisão preventiva.
A tornozeleira funciona com GPS. Quando há alerta, uma sirene toca na central e a localização é mostrada no mapa no telão. O equipamento será instalado nos detentos em duas centrais: na subsecretaria, no SIA, e no Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do DF, no Setor Gráfico.
Na última segunda-feira (04), a Polícia Federal encontrou uma grande quantidade de dinheiro em um apartamento que, segundo a investigação, é usado por Geddel. Os malotes de dinheiro foram encontrados após as investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases Operação Cui Bono.
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