O Santander acaba de anunciar o fim da cobrança da taxa de carregamento – percentual pago pelos investidores na aplicação ou resgate dos recursos – de todos seus produtos de previdência, para todos os clientes. A decisão vale tanto para investidores que já têm recursos com o Banco quanto para novos aplicadores.
O banco já não cobrava taxa de carregamento dos clientes do segmento Private Banking. A partir de hoje, a isenção será estendida para clientes Select, com renda mensal a partir de R$ 10 mil e R$ 30 mil em investimentos, Van Gogh, com renda entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, e do segmento Especial, com renda até R$ 4 mil.
“A taxa de carregamento sempre foi uma das mais criticadas pelo mercado, principalmente porque não é cobrada em qualquer outra modalidade de investimentos. Com a isenção, queremos aproximar o produto do público em geral e consolidá-lo como uma excelente solução de investimento de longo prazo”, afirma Gilberto Abreu, diretor de Investimentos do Santander.
Ainda segundo o executivo, há uma série de fatores que explicam as apostas no crescimento do produto:
1) a relação entre reservas de longo prazo (previdência) e Produto Interno Bruto (PIB) é muito baixa no Brasil, em torno de 6%. Quando comparada à do Chile, por exemplo, essa proporção é de 70%;
2) as mudanças na legislação que rege os investimentos dos produtos de previdência, promovidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) no final do ano passado, permitem que os gestores sejam mais criativos e entreguem retornos atrativos;
3) a necessidade de reforma da previdência trará à tona o tema entre a população de modo geral;
4) maior percepção do mercado de previdência corporativo como um benefício necessário aos funcionários;
5) a possível tributação dos fundos exclusivos de investimentos atrairia algo em torno de R$ 400 bilhões para modalidades não tributadas.
“Sem dúvida alguma, os produtos de previdência são a melhor modalidade de investimentos em um prazo superior a 5 anos, momento em que a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), que pode chegar a 10%, faz diferença, independentemente do produto a ser comparado”, completa Abreu.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) os fundos de previdência somaram R$ 766,9 bilhões em patrimônio líquido ao final de julho deste ano, volume 12,3% maior quando comparado aos R$ 682,7 bilhões registrados em igual período do ano anterior.
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