Depois da retirada das Forças Armadas da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, o dia neste sábado (30) amanheceu aparentemente tranquilo, na zona sul da cidade. Segundo informação da 11ª Delegacia Policial, responsável pela área, nenhuma ocorrência relacionada a tiroteios foi registrada na Rocinha desde a saída das poder militar.
Foi expedido, nesta manhã, no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, o mandado de prisão contra um dos criminosos que faz parte do grupo de traficantes que estavam atuando no local. É o Carlos Alexandre da Silva, ele faz parte do bando traficante Antonio Bonfim Lopes, o famoso Nem. Durante o confronto com os agentes militares na comunidade, ele tentou recuperar o controle do comércio de drogas.
Na última sexta-feira (29), o pai de um dos adolescentes que foi torturado pela quadrilha que era comandada por Nem, esfaqueou Carlos Alexandre. O pai do adolescente se apresentou ontem à Polícia Civil, e deverá responder o processo em liberdade.
Foi contabilizada a saída de 950 soldados da comunidade nesta sexta, além de veículos blindados das Forças Armadas. O cerco no local foi realizado no dia 22 a pedido do governo da cidade, devido a tiroteio que aconteceu entre traficantes e policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Ontem, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, havia informado que mesmo com a saída dos militares, o Rio de Janeiro não estaria sendo abandonado e que as tropas estariam à disposição da Secretaria de Segurança quando fosse necessário. Informando ainda que a situação já estava sob controle.
“O delito zero ou a ocorrência de crime zero é uma utopia. Falávamos de uma guerra entre gangues, falávamos de uma população aterrorizada e presa nas suas casas. Isso não está acontecendo”, disse Jungmann.
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