O plano de trabalho da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI), criada para investigar as irregularidades das empresas JBS e a Holding J4F, foi apresentado nesta quarta-feira (20), pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), possível responsável para conduzir as investigações que envolvem as companhias.
A comissão deverá investigar como houve autorização entre a JBS e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para transação de benefícios concedidos entre as empresas. Outra irregularidade que será apurada é como o acordo de deleção premiada que envolve Joesley Batista e outros empresários, além do Ministério Público Federal, foi realizado.
Nomes como o de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, delegados e servidores da Polícia Federal, executivos e ex-executivos do BNDES e da JBS, poderão ser convocados para testemunhar na Comissão, como informou Marun.
“Eu penso que estamos estabelecendo o início dos trabalhos. A ideia é que nenhum requerimento seja reprovado (…) queremos já aprovar alguns que entendemos imprescindíveis para o início dos trabalhos”, disse o deputado.
Marun ainda falou que considera os delatores da JBS “mentirosos contumazes” e, por esse motivo, não tem prioridade em convocá-los para depor na CPMI. Além disso, ele descartou a possibilidade de chamar o presidente Michel Temer, exceto se forem apresentadas provas evidentes. “A princípio, salvo se aparecer algum tipo de prova inequívoca de ato ilícito, não é minha intenção convidar o presidente”, afirmou.
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