Nos últimos dias, o governo Federal tem intensificado as articulações com o Congresso Nacional para tentar aprovar o texto da reforma da Previdência. Recentemente, o presidente Michel Temer, o deputado Rodrigo Maia (DEM), alguns ministros e líderes governistas de partidos como DEM, PP, PTB, PSC, PSDB e PRB se reuniram para discutir o assunto.
Após a reunião, Maia afirmou que a expectativa é que a reforma seja votada este mês e que a base aliada, na Câmara, já tem mais votos do que o necessário para aprovação.
“Há uma expectativa muito grande de reunir os votos desses partidos, que somam mais de 320 votos. Acho que conseguimos organizar a base”, afirmou Maia.
O Ministério da Fazenda alega que o déficit no setor pode chegar à casa dos 11,3% de todas as riquezas produzidas pelo país, em 2060, caso não sejam aprovadas mudanças no setor previdenciário.
Dados da Secretaria de Previdência do Ministério do Planejamento apontam que o déficit da Previdência deve chegar a 181 bilhões de reais, este ano. Em 2016, o déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), alcançou o recorde de R$ 149,73 bilhões.
O economista do Departamento de Assuntos Fiscais e Sociais do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima, explica que a inclusão de mais de 14 milhões de pessoas na Previdência, nos últimos 17 anos, e o aumento do valor do benefício, que passou de R$ 274 para R$ 1.200, no mesmo período, contribuíram para esse panorama.
“Aumentamos o valor do benefício e a duração do benefício. Estamos incluindo mais pessoas por mais tempo, com um valor maior”, conclui o economista.
Para que as novas regras de aposentadoria passem a vigorar no país, é necessário que o texto da reforma da Previdência seja aprovado tanto na Câmara como no Senado, em dois turnos e por pelo menos 3/5 dos votos de casa do Congresso Nacional (308 deputados) e (54 senadores).
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