Para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, um compromisso assumido no ano passado, no Acordo de Paris, segundo o economista e cientista ambiental Walter Figueiredo de Simoni, coordenador de Transporte do Instituto Clima e Sociedade (ICS), o Brasil precisa entender que, a redução só vai acontecer quando houver diminuição na utilização de carros particulares e começar a fazer uso do transporte público.
Para consegui alcançar a meta, o Brasil se propôs, num documento submetido às Nações Unidas, a trabalhar para a melhoria dos transportes utilizados por boa parte da população, de acordo com Simoni. O problema, ainda segundo o economista, é que ainda não há detalhamentos dos projetos para que isso possa acontecer. “[O objetivo] está [posto] de maneira vaga, a gente precisa detalhar isso de forma prática. Se vai ser mais investimento, mais espaço dentro da cidade [para o transporte público]”, disse Simoni.
O Brasil se compromete, segundo o Acordo, a reduzir 37% das emissões de gases até 2025 e 43% até 2030, comparando a 2005. O primeiro Encontro Internacional sobre Descarbonização do Transporte, promovido também, pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema) e pela Embaixada da Alemanha vai acontecer nesta quarta-feira (06). O objetivo do evento é discutir as estratégias de diversos países, como Chile, Alemanha, por exemplo, para propor um transporte sustentável.
Além do compromisso do Brasil de reduzir as emissões de gases até 2030, o país se comprometeu em fazer maior utilização de biocombustíveis, porém ainda não foi mostrado resultados. “O Brasil ainda não detalhou nenhuma dessas opções. A gente não sabe como esses dois temas vão se traduzir em metas específicas. Há uma vontade de se trabalhar nessas questões”, destacou.
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