Você já ouviu falar em flexitarianos? Esse grupo tem aumentado bastante em todo o mundo e, apesar do nome estranho, a dieta flexitariana tem um princípio bastante simples. Enquanto vegetarianos estritos eliminam completamente a ingestão de produtos de origem animal, como leite, carne e ovos, os flexitarianos adotam uma dieta composta majoritariamente por alimentos de origem vegetal, mas ainda consomem carne eventualmente. Essa frequência não é rígida: há quem inclua carne em uma das refeições diárias, ou quem consuma somente uma vez por semana, já que cada gosto é um.
A redução do consumo de carne pode ter várias motivações. Algumas pessoas simplesmente não gostam do sabor, outras querem se tornar vegetarianas e fazem isso como forma de transição. Muitos flexitarianos, no entanto, buscam benefícios para a saúde ou querem reduzir os impactos ambientais de seus hábitos alimentares.
“O flexitarianismo promove maior consciência e autonomia, sem rigidez do que pode ou não. A redução do consumo de produtos de origem animal ajudam a preservar os recursos naturais e garantem os benefícios da dieta vegetariana na saúde de quem não pretende ter tantas restrições”, explica Amanda Matos, que é nutricionista e coordenadora de marketing nutricional da Flormel.
Como surgiu?
O termo flexitariano surgiu na década de 90, nos Estados Unidos, pela médica especialista em alimentação e autora do livro “The flexitarian diet”, Dawn Jackson Blatner. O nome é uma combinação das palavras flexível e vegetariana e ficou popular entre as pessoas que se preocupam em manter um estilo de vida mais saudável.
Mas, cuidado: antes de retirar é preciso incluir. Se para os onívoros a dieta flexitariana parece restritiva, um olhar atento revela que é preciso incluir do que retirar itens do prato. Ao inserir uma gama maior de vegetais e frutas em todas as refeições, a pessoa redescobre uma variedade alimentar que andava oculta pelo alto consumo de carne como “estrela” do cardápio semanal.
Do ponto de vista nutricional, hoje se sabe que é perfeitamente possível manter uma dieta saudável e balanceada sem o consumo de carne. Com o auxílio de nutricionista é possível fazer adaptações de forma adequada para cada necessidade, mas a inclusão de leguminosas (como grão de bico, ervilha, feijões), vegetais de folhagem escura e oleaginosas (como castanha-de-caju e nozes) estão entre as principais recomendações dos especialistas.
Muitos desses alimentos além de serem consumidos in natura também são base para a criação de produtos que incluem hambúrgueres, snacks e outras delícias. Ou seja, nada de monotonia nesse cardápio!
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