Os professores da rede estadual de ensino aprovaram em Assembleia, realizada na tarde desta segunda-feira (27), um indicativo de greve. O encontro foi convocado pelo SINTE/RN e definiu que o movimento será deflagrado na próxima sexta-feira, 03 de março. Até lá, o Sindicato vai comunicar ao Governo o que foi decidido coletivamente, conforme determina a Lei de Greve.
A principal reivindicação da categoria é a atualização do Piso Salarial, desta vez no índice de 14,95%. Embora o Governo esteja negociando, apresentou duas propostas consideradas ruins pelo Sindicato e pela categoria, ambas já rechaçadas. A primeira proposta consistia em implementar um aumento em março para todos os ativos e aposentados que ganham abaixo do Piso, retroativo a janeiro. Para os demais (ativos e aposentados), o aumento seria de 3% em maio, 2,71% em setembro e 8,66% em dezembro, com o retroativo implementado a partir de maio de 2024. Já a segunda proposta previa a implementação de 5,70% em maio e 8,66% em dezembro, com o retroativo a partir de maio do ano que vem.
Além da atualização do Piso Salarial, outras reivindicações da categoria incluem melhorias na carreira dos funcionários, escolas em tempo integral e a realização de concurso público.
Para intensificar a luta por seus direitos, os professores aprovaram um calendário de luta sugerido pela diretoria do SINTE/RN. O calendário inclui uma assembleia para deflagração da greve no dia 03 de março, com comunicação ao Governo da deflagração da greve e solicitação de pedido de audiência de negociação, tendo como pauta emergencial as reivindicações da categoria.
Também estão previstas assembleias nas regionais até o dia 02/03, um faixaço no cruzamento do Midway Mall no dia 06 de março, uma aula pública no Ato do dia 08 de março em frente à calçada do IFRN – Campus Central, e uma nova assembleia no dia 10 de março para avaliação da greve e encaminhamentos.
“Os professores da Rede Estadual estão unidos em sua luta por melhores condições de trabalho e remuneração justa. A greve é uma forma legítima de pressionar o Governo a atender as reivindicações da categoria, e esperamos que as negociações avancem para uma solução satisfatória para todas as partes envolvidas“, diz o SINTE.
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