A Caixa Econômica Federal tem trabalhado para mitigar alguns problemas com o cadastramento dos beneficiários do Auxílio Emergencial, disse o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, durante entrevista ao vivo nesta sexta-feira (24), na Live do canal Valor Econômico.
“Tivemos quase 50 milhões de pessoas realizando o cadastramento, mas volume significativo não foi aprovado por uma série de razões”, declarou o executivo.
Conforme o presidente da estatal, a Dataprev tem analisado os problemas apresentados nos cadastramentos e vai solucionar as dificuldades técnicas em breve.
“Estamos constantemente realizando upgrades do aplicativo. E desde sexta, quem tinha problema com Justiça Federal pode fazer cadastramento, são 12 milhões de pessoas.”
Guimarães também prevê um grande movimento nos pontos físicos de atendimento. “Teremos movimento intenso de pagamentos. Por isso, colocamos mais 3 mil vigilantes na rua. Havia problemas em algumas agências. Está melhorando. Sabemos disso, pedimos desculpa, mas é um volume nunca visto antes.”
De acordo com o presidente da Caixa, 60% das pessoas que iam às agencias era para tirar dúvidas. Guimarães classificou ainda a iniciativa como o “maior programa de inserção social, com 30 milhões que vão ter conta digital de graça”.
Segundo o executivo, o banco já abriu 15 milhões de contas digitais de pessoas “que nunca tiveram crédito e conta e têm dúvidas”.
50 milhões de cadastrados
A Caixa Econômica Federal registrou quase 50 milhões de pessoas cadastradas em pouco mais de duas semanas para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, informou. “Já pagamos 36 milhões de brasileiros nesse intervalo.”
De acordo com o presidente da Caixa, são três grandes grupo de beneficiários do auxílio: inscritos no Bolsa Família e Cadastro Único, “que já tem base de 75 milhões de pessoas no Ministério da Cidadania”. “Dessas, vamos pagar até final da semana que vem, ao redor de 30 milhões de pessoas.”
Além das duas bases citadas, o banco também lançou um aplicativo para cadastro de informais que não estão nessas bases.
“O diferencial são informais, MEIs, autônomos, que não estavam em nenhuma base do governo. Criamos essa base com aplicativo e no site que tem quase 50 milhões de pessoas cadastradas.”
O executivo elencou uma série de ações que o banco tem levado adiante para o combate dos efeitos econômicos do coronavírus. Segundo Guimarães, a instituição lançou um programa de R$ 43 bilhões de financiamento imobiliário, com três meses de carência tanto para o comprador do imóvel novo quando para a empresa vendedora.
Guimarães citou o novo saque para trabalhadores com conta do FGTS a partir de junho, de R$ 1.045. Além disso, “anunciamos nessa segunda-feira uma parceria com o Sebrae para oferecer R$ 7,5 bilhões para o microcrédito”.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)
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