A prefeita de Santa Luzia (MG), Roseli Ferreira Pimentel (PSB), que foi afastada de suas funções após ter sido presa por suspeita de estar envolvida na morte de um jornalista em agosto do ano passado, deixou a penitenciária Estevão Pinto, localizada em Belo Horizonte, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretar prisão domiciliar.
Suspeita de ter participação na morte do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal “O Grito”, ela agora vai ser monitorada por uma tornozeleira eletrônica, segundo informou a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).
De acordo com informações da polícia, a prefeita teria pago cerca de R$ 20 mil, tirados da prefeitura, a uma pessoa para realizar a execução de Maurício. Na época, as investigações apontaram que foi simulado uma compra com nota fiscal de três toneladas de mamão para merenda escolar. Com essa retirada do valor, ela cometeu outro crime: peculato – que é um crime de desvio de um bem ou valor público por funcionário que tenha acesso a eles em razão da sua função. É crime específico do servidor público
Essa não é a primeira vez que a prefeita é condenada. Em outra ocasião, ela foi acusada de ter determinado que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições. Os pedidos eram realizados por meio de mensagens enviadas por celular.
De acordo com a decisão judicial, “comentários compartilhados e as experiências narradas demonstram que as servidoras públicas em questão realizaram campanha eleitoral valendo-se dos cargos por elas exercidos na rede municipal de ensino”.
A defesa de Roseli Ferreira, o advogado Marcelo Leonardo, informou que no habeas corpus, solicitou o cancelamento do afastamento da política da Prefeitura de Santa Luzia, mas o pedido não foi julgado.
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