Para o especialista em logística e transportes, o engenheiro Antonio Wrobleski, o reajuste de 7,47% no preço da gasolina será sentido pela população em geral, por vários motivos, e o principal deles é que atualmente a distribuição de produtos nas cidades é feita por meio de veículos movidos a etanol e gasolina.
“Efetivamente esse reajuste deve ser sentido. As principais entregas de alimentos por exemplo, são feitas por motos e veículos, os aplicativos, logo, além do aumento que o cidadão sentirá para abastecer seu próprio veículo, também sentirá quando for comprar outros produtos”, alerta Wrobleski.
A Petrobras anunciou que trata-se de um aumento de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. O acréscimo nominal é de R$ 0,23 por litro, o que representa uma alta de 7,47%. O preço dos demais combustíveis, entre eles, o diesel, que abastece os caminhões em boa parte do Brasil, não terá aumento.
Wrobleski não acredita que exista intenção de tentar controlar os preços nesse primeiro momento do novo governo federal. “Atualmente, de 20 a 25% de todo o diesel consumido no Brasil é importado, portanto, para o governo mexer na questão de preços, é preciso uma mudança primeiro nesse sentido, e isso não acredito que seja prioridade, e se fosse, para fazer essas mudanças, é preciso de tempo, e isso não deve acontecer agora”, explica Wrobleski.
Ainda segundo o especialista em logística, o Brasil ficou sem aumento de preço de combustíveis em dezembro devido ao próprio mercado internacional, uma vez que o preço do barril se manteve estável.
“Não houve o que muitos esperavam que seria o disparo do preço do petróleo, por isso, o próprio mercado seguiu estável, sem grandes aumentos de preços”, finalizou.
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