O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Militar do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã desta sexta-feira (11), a Operação Black Evil com o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão preventiva contra policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) acusados de corrupção. Eles são acusados do crime de corrupção passiva. Também estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.
Segundo a denúncia proposta pelo MPRJ à Justiça, entre os meses de agosto e dezembro de 2015, os PMs receberam, semanalmente, propina de traficantes de uma facção criminosa em troca de informações sobre operações realizadas pelo BOPE nas comunidades Faz quem Quer, em Rocha Miranda; Covanca, Jordão e Barão, em Jacarepaguá; Antares, em Santa Cruz; Vila Ideal e Lixão, em Duque de Caxias; Complexo do Lins, no Méier e Complexo do Chapadão, em Costa Barros. As atividades policiais eram monitoradas 24 horas por dia, durante todos os dias da semana, e vazadas detalhadamente aos criminosos. Os valores recebidos pelos policiais variavam entre R$ 2 mil e R$ 10 mil por comunidade.
Também foi apurado que os denunciados negociavam com traficantes armas apreendidas em outras ações para uso da quadrilha.
A operação conta com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, da Corregedoria e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e do comando do próprio Bope.
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