Aproveitando uma matéria-prima bastante disponível na flora brasileira, a Guaçatonga (sylvestris swartz), o potiguar Luiz Humberto Fagundes Junior realizou uma pesquisa com a planta buscando extrair seu máximo potencial anti-inflamatório e cicatrizante.
Após 18 meses de estudos, ele criou um fitoterápico em spray que apresentou resultados animadores no reparo de feridas.
Toda a pesquisa de Luiz, que é farmacêutico, aconteceu durante o seu curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP), sob a orientação da professora Deborah Padilha.
O estudo observou o comportamento do spray em cobaias de laboratório. Após verificar o sucesso do fitoterápico, Luiz e sua orientadora começaram a colher os frutos do trabalho.
“Recebemos com muita alegria a notícia da anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, pois trata-se de um passo importante no processo de patente”, afirma o farmacêutico.
Com o apoio de uma farmácia de manipulação localizada em Natal, o spray chegou a um formato maduro. Já registrado (BR 102018071621-2 A2), o fitoterápico ainda precisa de outras análises da Anvisa para começar a ser testado em humanos. Estas etapas marcarão outras fases relevantes da pesquisa.
A expectativa pelos próximos passos do estudo com a Guaçatonga é marcada pelo desejo de oferecer esta solução, oriunda da natureza, para a população. “A ideia é que sua utilização para o tratamento de feridas não-infeccionadas se difunda de forma acessível para todos“, pontua o pesquisador.
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