Um documento elaborado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) determina que, para lojistas e comerciantes, o uso do Pix no Brasil é melhor que cartões. Certamente, o chamado “banco dos bancos centrais” notou o uso crescente dessa forma de pagamento no Brasil, que serve desde para transferir valores para amigos quanto para pagar por serviços, jogar em cassinos online etc.
Com coautoria de economistas do nosso Banco Central, o documento indica que o Pix tem um custo médio de 0,22% por transação, contra 1% em cartões de débito e até 2,2% em cartões de crédito. No fim do mês, esse percentual tem um impacto considerável no resultado de pequenas lojas, cassinos com Pix e também grandes empresas.
Além disso, uma vez que tenham um custo menor, lojistas e empresários podem oferecer bônus e descontos, atraindo uma maior clientela e ampliando o resultado indiretamente. Essa prática é comum nos já citados cassinos online, e talvez o seja nos físicos quando eles forem liberados. No momento, aqueles adaptados ao Brasil já enxergam o potencial do Pix no cassino para atrair jogadores brasileiros.
O pagamento de pessoas para empresas, o chamado P2B, tem aumentado bastante. Ainda está longe da representação das transferências entre pessoas físicas, atualmente em 75%, mas já é comum que lojas e prestadores de serviços indiquem o seu QR Code para pagamentos em Pix para os clientes. Quem já não se deparou com essa possibilidade em um restaurante, ou numa loja de roupas, talvez?
Representação dos custos em outros países
A taxa de cartão de crédito foi analisada em diversos países, não só no Brasil. Nos Estados Unidos, o cartão de crédito é mais competitivo do que aqui no país, com taxas de 1,7% nos Estados Unidos, 1,5% no Canadá e 0,3% na União Europeia. Todos, nota-se são mais caros do que o nosso Pix.
Outras formas de pagamento no Brasil
É incomum que transações intrabancárias, TED e DOC sejam realizadas para fins comerciais. No entanto, menos pessoas têm utilizado esses meios para transferências entre si, também. A redução foi de cerca de 50% em um ano, segundo dados do Banco Central. Ou seja, o Pix está dominando o mercado em todas as frentes.
O Pix substituirá os cartões de crédito?
Por mais prático e menos custoso que o Pix seja, ele não possui a qualidade de crédito que os cartões possuem. Ou seja, se não há dinheiro para ser debitado na conta naquela hora, ou se o cliente não deseja que ele o seja, então não há como fazer Pix. Nesta hora, o cartão de crédito é um grande aliado.
Por consequência, os lojistas não preferem perder uma compra a somente aceitar o Pix. Alguns bancos até mesmo já oferecem a opção de Pix parcelado, mas é uma alternativa com juros de consignado, talvez não tão atrativa para o consumidor e possivelmente também onerosa para o lojista. É algo que precisa ser melhor analisado. Certamente, continuaremos a ver tanto o Pix quanto os cartões de crédito e débito disponíveis para pagamento em comércio, nas empresas e a prestadores de serviços.
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