O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2022 com um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões, segundo dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de ter caído 0,2% no quarto trimestre do ano, o PIB apresentou um avanço em relação ao ano anterior. Os setores de serviços e indústria foram responsáveis por esse resultado, apresentando altas de 4,2% e 1,6%, respectivamente. Já a agropecuária teve uma queda de 1,7% em 2022.
Os serviços tiveram a maior contribuição para o crescimento do PIB, representando cerca de 90% do indicador. O setor de transportes e outros serviços, que incluem serviços pessoais e serviços profissionais, teve uma retomada da demanda após a pandemia de COVID-19. Setores ligados ao turismo, como serviços de alimentação, alojamento e aluguel de carros, também se destacaram nessa área.
Já na indústria, a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos apresentou uma alta de 10,1%, devido às bandeiras tarifárias mais favoráveis em 2022. A atividade de construção também cresceu 6,9%, influenciada pelo ano eleitoral, que sempre apresenta uma maior quantidade de obras públicas.
Por outro lado, as indústrias de transformação apresentaram uma variação negativa de 0,3%, principalmente pela queda na fabricação de produtos de metal, móveis, produtos de madeira e de borracha e plástico. Já as indústrias extrativas caíram 1,7%, devido à queda na extração de minério de ferro, relacionada ao lockdown ocorrido na China, o maior comprador do Brasil.
O setor de agropecuária teve uma queda de 1,7%, devido à diminuição da produção e perda de produtividade da atividade agricultura, que suplantou a contribuição positiva das atividades de pecuária e pesca. A soja, principal produto da lavoura brasileira, teve uma queda de produção de 11,4%, sendo impactada por efeitos climáticos adversos.
Na análise da despesa, houve um aumento de 0,9% da Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, no segundo ano consecutivo de crescimento. A despesa de consumo das famílias avançou 4,3% em relação ao ano anterior e a despesa do consumo do governo cresceu 1,5%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram um aumento de 5,5%, enquanto as importações de bens e serviços subiram 0,8%.
O aumento do PIB é uma notícia positiva para o país, demonstrando uma recuperação econômica após a pandemia de COVID-19.
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