A Polícia Federal abriu novos inquéritos com base na delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Os alvos são a ex-ministra Ideli Salvatti (PT), o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB), o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (ex-PT-SP), o ex-deputado Jorge Bittar (PT) e o também ex-deputado Edson Santos (PT).
Atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, a PF também abriu um inquérito para apurar as obras do Estaleiro Rio Tietê e um procedimento denominado Verificação Preliminar de Informações sobre seis empresas que, de acordo com o delator, “pagaram de forma continuada vantagens ilícitas, tanto em doações oficiais quanto em repasses em dinheiro”.
Segundo Machado, Ideli Salvatti solicitou “recursos para campanha de 2010”. O delator afirmou que o dinheiro “foi transferido, via doação oficial, o montante de R$ 500 mil pela Camargo Corrêa” naquele ano.
Sobre Henrique Alves, o ex-presidente da Transpetro disse que, durante sua gestão à frente da empresa, repassou ao PMDB “pouco mais de R$ 100 milhões, cuja origem eram vantagens ilícitas pagas por meio de empresas contratadas pela Transpetro”. “Desse valor, R$ 1,550 milhão foi repassado ao deputado Henrique Alves, da seguinte forma: pela empresa Queiroz Galvão foi pago R$ 500 mil (2014); R$ 250 mil (2012); R$ 300 mil (2008); pela empresa Galvão Engenharia foi repassado R$ 500 mil (2010)”, disse.
Ao comentar sobre Vaccarezza, Machado afirmou que foi procurado pelo parlamentar em 2010, quando Vacarezza solicitou “apoio financeiro”. Segundo Machado, a empreiteira Camargo Corrêa transferiu R$ 500 mil para o diretório do PT. “O valor era oriundo de vantagens ilícitas pagas por empresa contratada pela Transpetro (Camargo Corrêa)”, acrescentou.
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