A Petrobras vai reduzir a partir desta terça-feira (16) o preço de venda da gasolina para as distribuidoras de combustível em R$ 0,18. O reajuste foi informado no início da tarde de hoje (15) pela estatal.
Com a redução, o litro da gasolina vendido pela Petrobras deixará de custar R$ 3,71 e passará a custar R$ 3,53, em uma queda de cerca de 4,8%.
No mês de julho, a gasolina ficou em média 15,48% mais barata nas bombas, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Em 12 meses, no entanto, ainda acumulava alta de 5,64%. A queda de preços no mês foi puxada principalmente pela imposição de um limite para as alíquotas do ICMS, imposto estadual que incide sobre o combustível.
A Petrobras afirma que “a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio“.
Como a gasolina vendida nos postos de combustível recebe mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a Petrobras calcula que a sua parcela no custo final da gasolina paga pelos motoristas passará a ser de R$ 2,57 para cada litro.
Gasolina ainda teria espaço para nova redução
O preço do litro da gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias às distribuidoras ainda teria espaço para um corte de 9,5% ou de R$ 0,351 em média, mesmo depois da redução anunciada na manhã de hoje (15 de agosto), de acordo com a consultoria StoneX.
Os cálculos foram feitos logo depois do anúncio da Petrobras de que vai reduzir o preço médio do litro da gasolina para R$ 3,53 por litro a partir de amanhã, queda de R$ 0,18, que corresponde a uma redução de 4,8%. O último reajuste da gasolina havia sido em 28 de julho, quando a estatal anunciou um corte de R$ 0,15 no litro em média.
“Ocorreu uma queda do dólar e do barril de petróleo, então a amplitude para a queda na gasolina foi grande. O mercado abriu espaço para esse reajuste de maneira frequente”, disse o consultor em gerenciamento de risco da StoneX, Pedro Shinzato.
Para ele, no entanto, a opção da Petrobras por não zerar a diferença em relação ao mercado internacional desta vez pode estar relacionada à volatilidade do mercado. “Imagino que seja na esteira de buscar uma linha de preços que reflita as mudanças estruturais, e não conjunturais, do mercado”, afirmou.
No caso do diesel, que teve o último reajuste aplicado na sexta-feira (12/08), a StoneX calculava na manhã de hoje que existiria espaço para um corte de R$ 0,556 no preço médio do litro vendido pela Petrobras, o que equivaleria a uma redução de 10,6%.
“No diesel está muito claro que a Petrobras manteve os preços abaixo da paridade no primeiro semestre e agosto está ficando um pouco acima, talvez em busca de uma paridade média com o mercado internacional no ano ou no trimestre”, disse.
O consultor ressaltou, no entanto, que não houve grandes mudanças no mercado entre a semana passada e a atual que justifiquem dividir o anúncio de quedas nos preços da gasolina e do diesel entre quinta-feira e hoje.
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