(ANSA) – O túmulo de Lisa Gherardini del Giocondo, a suposta modelo do quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, está no convento Santa Úrsula, em Florença, revelaram testes de carbono 14. O anúncio da descoberta foi feito pelo líder das pesquisas, o italiano Silvano Vinceti e que é muito conhecido na Itália por descobertas e estudos feitos sobre Caravaggio.
Segundo os exames, um dos três pedaços de ossos encontrados na cripta do mosteiro se revelou compatível com o período de morte de Lisa, em 1542, e que poderá, no futuro, ser confrontado com o DNA de seus filhos. Na tumba, acredita-se que foram enterrados Lisa e seu marido, Francesco di Bartolomeu del Giocondo. Seus dois filhos foram enterrados em outro ponto da mesma Igreja.
“É muito provável que, graças ao carbono 14, nós tenhamos individualizado em um caixão na cripta de Santa Úrsula os restos do esqueleto do corpo de Lisa. Além disso, há outros elementos convergentes, além do carbono, que dizem que nós podemos ter descoberto o túmulo”, disse Vinceti nesta quinta-feira (23).
Para o historiador, há “diversos estudos antropológicos e arqueológicos feitos com rigor” que comprovariam que Lisa foi a modelo de Da Vinci. Ele citou como os mais relevantes os dados recolhidos por antropólogos e arqueólogos da Superintendência de Florença e dos estudos liderados pelo professor Giorgio Gruppioni da Universidade de Bolonha. Todos comprovariam sua tese sobre Gherardini. Porém, ele ressaltou que não há como dar “segurança” de que os restos pertencem à mulher, “mas as probabilidades são altíssimas”.
Vinceti, contudo, reconheceu que as pesquisas sobre o assunto podem ser paralisadas. “No momento, não é possível proceder com os exames de DNA com as técnicas disponíveis atualmente. Vamos ver como vai evoluir a tecnologia nos próximos anos. Em particular, os restos dos filhos que foram encontrados na igreja da Santíssima Anunciação estão muito degradados por enchentes e não dão DNA suficiente para eventuais exames de confronto com os restos encontrados em Santa Úrsula”, finalizou.
Os prováveis locais de enterro da família de Lisa foram abertos em agosto de 2013 e, desde então, os pesquisadores tentam comprovar a origem dos restos mortais. Há várias correntes sobre quem, de fato, foi a modelo de um dos quadros mais famosos da história. A pesquisadora italiana Carla Glori, que trabalha há cinco anos sobre o assunto, afirma que a mulher era Bianca Giovanna Sforza e que era casada com o comandante do Exército da região de Bobbio, Gian Galeazzo Sanseverino. A historiadora chegou a fazer uma reconstrução em três dimensões para afirmar que o quadro foi pintado na pequena cidade italiana.
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