As relações românticas possuem um forte impacto no cotidiano das pessoas. Contudo, a compreensão do motivo pelo qual alguns relacionamentos românticos duram mais do que outros se torna mais consistente integrando perspectivas biológicas e sociais. “Por que Estudar O amor?” foi objeto da pesquisa do doutorando Victor Kenji M. Shiramizu orientado pela professora do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Fívia de Araújo Lopes.
O trabalho teve como objetivo revisar de forma crítica os conceitos sobre Amor, Teoria do Apego e as Estratégias Sexuais a partir de uma perspectiva evolucionista, a fim de contribuir com a revisão da mudança de alguns conceitos hoje existentes no Brasil, segundo Victor Kenji.
“As lacunas observadas sobre a temática conjuntamente com resultados obtidos em algumas pesquisas em nosso país são encorajadores para a manutenção da integração teórica na área de pesquisa, que pode ser aplicada na orientação de casais, contribuindo para a satisfação dentro dos relacionamentos românticos” disse o pesquisador.
De acordo com Kenji, diariamente os indivíduos são expostos a diversos tipos de relações interpessoais, entre elas, as relações românticas, que levam as pessoas a agirem de diferentes maneiras e as colocam diante de várias questões.
Segundo o doutorando, algumas questões sobre esse tema não são fáceis de responder, por exemplo: “Uma interação ocasional (popularmente conhecida como “ficada”) transforma-se em um relacionamento de longo prazo? Que fatores podem estar por trás dessa decisão? Por que alguns relacionamentos são superficiais e há outros em que os parceiros estão fortemente comprometidos? Que mecanismos favorecem o apego por uma determinada pessoa?”.
Claramente, explica o pesquisador, “não são respostas simples, sobretudo quando consideramos pesquisas sistemáticas que possam abranger todos esses aspectos”.
Ainda de acordo com o pesquisador, apesar de ser um tema estimulante, as revisões críticas sobre os relacionamentos românticos podem ser consideradas escassas no Brasil.
“Realizando buscas nas bases de dados LILACS e SciELO, sem limitar o ano de publicação, pelas palavras “relacionamentos amorosos”, “relacionamentos românticos”, “relações amorosas” e “relações românticas”, foram recuperados 78 resultados, dos quais nenhum deles enquadrou-se na perspectiva evolucionista que entendemos como o amor”, afirmou Victor Kenji.
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